Europa lança satélite que irá estudar planetas alienígenas

CHEOPS irá analisar planetas já descobertos ao redor de estrelas próximas, para tentar determinar seu tamanho, composição e características em busca de sinais de habitabilidade
Rafael Rigues19/12/2019 12h40

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Uma nova missão para o estudo de exoplanetas foi lançada nesta quarta-feira (18), parte de um esforço para entender melhor as características de mundos distantes. A sonda européia, chamada “Characterizing Exoplanet Satellite” (CHEOPS – Satélite Caracterizador de Exoplanetas), decolou em um foguete Soyuz do Centro Espacial da Guiana em Kourou, Guiana Francesa. A sonda chegou com sucesso à órbita terrestre duas horas e meia após a decolagem, disseram representantes da Arianespace, empresa francesa responsável pelo lançamento.

A principal missão do CHEOPS envolve examinar estrelas brilhantes e relativamente próximas que os astrônomos sabem que têm planetas em órbita. Observar planetas conhecidos orbitando suas estrelas é importante para entender melhor certas características, como qual a duração de suas órbitas e qual o tamanho dos planetas.

Os astrônomos estão interessados ​​em aprender sobre a habitabilidade de mundos distantes, algo que depende em parte se um planeta é rochoso e mais próximo do tamanho da Terra ou gasoso e mais próximo de Urano, Netuno, Saturno ou Júpiter.

O CHEOPS “fará observações de alta precisão do tamanho dos planetas quando passarem na frente de suas estrelas”, escreveram funcionários da Agência Espacial Européia (ESA) em uma descrição de missão. “Ele se concentrará nos planetas com tamanho entre uma “super-Terra” e Netuno, obtendo dados que permitirão o cálculo da densidade aparente dos planetas – um primeiro passo para a caracterização desses mundos alienígenas”.

O CHEOPS fará isso através do “método de trânsito”, medindo o quanto uma estrela escurece quando um planeta cruza sua frente, da perspectiva da sonda. Esta é uma técnica comprovada, que também foi usado pelo telescópio espacial Kepler e atualmente é empregado pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), ambos operados pela Nasa.

Fonte: Space.com

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital