EUA testam antena de satélite que promete aprimorar missões militares

Forças Armadas norte-americanas estudam tecnologia para conectar simultaneamente constelações de satélites localizados na órbita geostacionária (GEO) e na órbita média da Terra
Redação05/10/2020 17h37, atualizada em 05/10/2020 18h06

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O Laboratório de Pesquisas da Força Aérea dos Estados Unidos (AFLR) estuda um acordo com as empresas Isotropic Systems e SES Goverment Solutions para consolidar uma “nova geração” de tecnologia de comunicações por satélite com a proposta de apoiar operações militares do país.

De acordo com a Fox News, junto ao Exército norte-americano, a instituição faz testes com um protótipo de antena formadora de feixe óptico da companhia Isotropic Systems, para averiguar a capacidade do equipamento de se conectar simultaneamente com duas constelações de satélites na órbita geoestacionária (GEO) e na órbita média da Terra (MEO).

A ideia é testar a integração das antenas com os satélites MEO O3b, da SES Government. O recurso visa aprimorar a velocidade de transmissão de dados para os sistemas táticos de operações militares, ao permitir que uma série de satélites comerciais e militares se comuniquem em uma única plataforma de antena.

“A antena da Isotropic proporcionará alto rendimento, com baixa latência, sobre uma constelação MEO com capacidade simultânea de GEO. Isto é uma mudança importante para o Exército dos EUA”, disse Pete Hoene, presidente e CEO da SES Government Solutions, em comunicado à imprensa.

Em entrevista à Fox News, o vice-presidente de Gerenciamento de Produtos da Isotropic System explicou que o sistema avalia em tempo real as condições das rotas de comunicação e identifica preventivamente canais alternativos, para evitar interferências e bloqueios de sinal ou garantir um melhor desempenho.

Reprodução

A órbita terrestre média compreende a faixa de altitude acima de 2 mil km (órbita terrestre baixa) e abaixo de 35.786 km(órbita geostacionária). Imagem: Reprodução

Estratégico

A comunicação por satélite pode ser decisiva no sucesso ou no fracasso de uma operação militar. Isso porque um sinal eficiente e multidirecional garante que pilotos de um caça, por exemplo, possam receber rapidamente as coordenadas de um alvo, detalhes de navegação, informações sensíveis sobre ameaças, entre outros dados relevantes para a missão.

Como aponta a Fox News, a capacidade de satélites da MEO e da Órbita Terrestre Baixa (LEO) foram testadas em exercícios militares das Forças Armadas dos EUA, recentemente. Em uma simulação no estado do Arizona, um veículo de combate recebeu a tarefa de destruir um tanque inimigo. Informações estratégicas sobre o alvo foram transmitidas por rádio, com a ajuda de drones e helicópteros de observação.

Entretanto, os sistemas do veículo captaram primeiro as transmissões de satélites de LEO, operados em Washington. O episódio mostrou um novo patamar de velocidade e alcance da comunicação de satélites para fins militares, que deve ser ainda mais aprimorado com a conexão entre satélites da órbita média e da órbita geoestacionária.

Via: Fox News

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital