Empresas de foguete disputam financiamento da Força Aérea dos EUA

órgão recebeu propostas da United Launch Alliance, SpaceX, Blue Origin e Northrop Grumman para estabelecerem contratos e lançarem seus modelos a partir de 2022
Redação13/08/2019 12h40, atualizada em 14/08/2019 16h45

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A segunda-feira (12) marcou o prazo para quatro empresas norte-americanas de foguetes enviarem propostas de contratos à Força Aérea, incluindo todos os lançamentos de segurança nacional entre 2022 e 2026. Este é um processo de licitação que pode resultar em diversas implicações para a indústria aeroespacial americana na próxima década.

A Força Aérea está buscando dois provedores para cerca de duas dúzias de lançamentos. O principal receberá 60% dos lançamentos, enquanto o contratante secundário será encarregado dos 40% restantes. À medida que os militares dos EUA pagam um prêmio para os vencedores dos contratos, a receita se torna valiosa para as empresas norte-americanas que desejam administrar uma empresa de lançamento lucrativa.

Na lista estão United Launch AllianceSpaceXBlue Origin e Northrop Grumman, as quais incluíram um lobby político pesado à contratante. Fato que fez o Congresso considerar algumas mudanças na política de aquisição da Força Aérea, incluindo uma entrada a um terceiro provedor durante o período de 2022 a 2026. Mas até agora, a Força Aérea está resistindo a isso.

United Launch Alliance (ULA)

Com a crescente concorrência da SpaceX, da europeia Arianespace, da japonesa Mitsubishi Heavy e outros veículos russos, a ULA tem sido incapaz de capturar grande parte do mercado. Atualmente, dependente de negócios do governo, principalmente militares, ela vem desenvolvendo o foguete Vulcan, um modelo de baixo custo, mas com desempenho positivo. Segundo a empresa, a máquina estará pronta para o primeiro voo em 2021.

O ArsTechnica afirma que se a empresa não sair vitoriosa desta competição, ela enfrentará um futuro incerto, a menos que o Vulcan possa se torne comercialmente viável. Além disso, a ULA perderá centenas de milhões de dólares em dinheiro do governo para finalizar a Vulcan se não receber um dos contratos.

SpaceX

A empresa de Hawthorne, na Califórnia, é a única candidata que já utiliza foguetes que já estão voando, os boosters Falcon 9 e Falcon Heavy. Esta família de foguetes teve uma série de 49 lançamentos de sucesso desde um acidente de incêndio estático em setembro de 2016 e, de acordo com a SpaceX, pode atender a todas as órbitas desejadas da Força Aérea e às especificações de carga útil.

Desde que a Força Aérea concordou em admitir a SpaceX na competição de lançamento de segurança nacional em 2015, a empresa ganhou vários contratos para missões-chave e começou a voar para os militares. Estes incluem o lançamento do National Reconnaissance Office 76, o Veículo de Teste Orbital 5, o Sistema de Posicionamento Global III-2 e os voos do STP-2.

A SpaceX provavelmente oferecerá ao governo o menor preço de serviço em órbita. No entanto, em seus critérios para atribuição de missões, a Força Aérea listou o preço entre as últimas de suas considerações.

Blue Origin

A empresa de foguetes de Jeff Bezos licitou seu foguete New Glenn para as missões da Força Aérea. No entanto, não está claro que estará pronto para voar até o período de contração de 2022.

Bezos tem investido cerca de US$ 1 bilhão por ano de seu próprio dinheiro na Blue Origin, que tem sido largamente usada para apoiar o desenvolvimento do motor BE-4 e do foguete New Glenn. É provável que ele continue o desenvolvimento do foguete sem o financiamento da Força Aérea.

Northrop Grumman

A Northrop está desenvolvendo o foguete Omega para esta competição desde, pelo menos, 2016. O veículo difere dos demais participantes da competição, já que seu primeiro e segundo estágios, bem como boosters montados lateralmente, são movidos por motores de foguetes sólidos em vez de motores de combustível líquido.

A aposta da Northrop é que os militares dos EUA, por meio de seu contrato de lançamento de segurança nacional, desejariam apoiar um dos fornecedores mais importantes de motores de foguete sólido para mísseis balísticos intercontinentais. No entanto, o foguete Castor 600, o protótipo do Omega, sofreu com uma “anomalia” durante o teste de lançamento em maio, e isso pode ter significado um motivo para a Força Aérea não depositar confiança absoluta na empresa.

Via: ArsTechnica

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital