De acordo com uma publicação do Science Daily, a próxima geração de telescópios terrestres será tão poderosa que será possível utilizá-las para examinar exoplanetas distantes em busca de sinais de vida.
Se antecipando a isso, cientistas da Universidade Cornell publicaram um estudo no The Astrophysical Journal Letter que oferece diversas referências para ajudar astrônomos a identificar assinaturas de vida em exoplanetas que orbitam anãs brancas – e que pode ser semelhantes à Terra ao também abrigarem vida.
Essas diretrizes especificam teorias de como esses planetas podem ter sobrevivido à morte da estrela que orbitam – as anãs brancas são núcleos remanescentes de estrelas que esgotaram todo seu combustível e entraram em colapso.
Obviamente, qualquer coisa viva não sobreviveria a um evento tão devastador. No entanto, a esperança dos especialistas é que novas formas de vida podem ter surgido após isso.
“Se encontrarmos sinais de vida em planetas orbitando resquícios de estrelas mortas, a pergunta que nos faremos é se sobreviveram ao colapso ou começaram tudo de novo”, disse Lisa Kaltenegger, astrônoma da Universidade Cornell.
A partir disso a nova pesquisa pode ser usada. Ela serve essencialmente como um catálogo do que os astrônomos do mundo todo podem encontrar ao estudar esses exoplanetas. “Se observarem esse tipo de planeta, os cientistas poderão descobrir o que há em sua atmosfera e, com a ajuda do artigo, compará-la com impressões digitais espectrais e, a partir disso, procurar sinais de vida”, disse Thea Kozakis, doutoranda em astronomia e uma das principais envolvidas no estudo. “A publicação desse guia permite que observadores saibam o que procurar”, finaliza.
Ainda de acordo com Thea, a observação desse fenômeno está bem próxima, com o uso do Telescópio Extremamente Grande, em construção no deserto do Atacama, no norte do Chile. Outro candidato a esse tipo de observação é o Telescópio Espacial James Webb, com lançamento previsto para 2021.
Via: Futurism