A operação de resgate de um grupo de 12 jovens jogadores de futebol e o seu treinador que ficaram presos numa caverna em Chiang Rai, na Tailândia, terminou com sucesso na manhã desta terça-feira, 10. E sem a ajuda de Elon Musk.
O bilionário fundador da Tesla e da SpaceX ofereceu às equipes de resgate uma cápsula feita por seus engenheiros e que poderia ajudar a retirar os garotos de dentro da caverna. A cápsula ficou pronta na última segunda, 9, quando a maioria dos jovens já tinha sido resgatada.
Elon Musk chegou a ir pessoalmente à base da operação de resgate na Tailândia para oferecer o que ele chamava de “mini submarino” – segundo ele, uma oferta gratuita. Mas a operação terminou e o dispositivo não foi utilizado. Segundo as autoridades, ele não era funcional.
“Embora sua tecnologia seja boa e sofisticada, ela não é prática para esta missão”, disse “gentilmente” Narongsak Osatanakorn, chefe da equipe de resgate na Tailândia, aos repórteres do jornal The Guardian e também ao próprio Elon Musk.
Houve quem elogiasse e quem criticasse a iniciativa do bilionário. A principal acusação foi de “oportunismo”, já que Musk se envolveu no caso sem ser convidado, criou uma solução mirabolante quando a operação de resgate já estava no final e teve seu nome promovido nas mídias sociais, segundo alguns, “às custas da tragédia”.
O primeiro-ministro da Tailândia, Prayut Chan-O-Cha, agredeceu a oferta de Musk, de qualquer maneira. No Twitter, o bilionário chegou a dizer que, mesmo que a cápsula não fosse útil para este resgate, ela poderia ser usada em missões futuras.
O grupo de 12 adolescentes e o técnico de 25 anos ficaram presos na caverna no dia 23 de junho, quando fortes chuvas inundaram as passagens do local e os deixaram ilhados. A operação de resgate foi complexa por conta das passagens estreitas da caverna. Os mergulhadores deviam entrar na caverna, levando máscaras e tanques de oxigênio, e tirar um jovem de cada vez. O percurso todo dos socorristas, contando ida e volta, demorava em torno de 10 horas.