Clyde Foster, um astrônomo amador da África do Sul, encontrou um novo ponto na atmosfera de Júpiter enquanto observava o planeta com seu telescópio na manhã do último dia 31 de maio. O ponto, que não foi observado por astrônomos na Austrália poucas horas antes, era uma nova tempestade – não muito distante da Grande Mancha Vermelha.
Dois dias depois, a sonda Juno realizou seu 27º sobrevoo de Júpiter, e a 45 mil quilômetros acima das nuvens do gigante gasoso confirmou a descoberta do sul-africano. O fenômeno atmosférico ganhou o nome do seu descobridor: Clyde’s Spot, a “Mancha de Clyde”.
De acordo com a Nasa, a mancha oval é uma pluma em erupção acima das camadas superiores de nuvens da atmosfera de Júpiter. Esses fenômenos acontecem com certa frequência nessa faixa de latitude do planeta, conhecida como Cinturão Temperado Meridional.
Júpiter, como capturado pelo telescópio de Foster, e a trajetória aproximada da espaçonave Juno ao aproximar-se do planeta, viajando de norte a sul. Imagem: Clyde Foster/Nasa/Reprodução
A própria agência espacial encoraja entusiastas a “brincar” com as imagens enviadas pela Juno. A Nasa disponibilizou uma página onde são publicadas imagens não processadas de Júpiter, que os usuários podem baixar e fazer o seu próprio processamento de imagem. “Gostaríamos de ver desde simples cortes em uma imagem até o destaque de um recurso atmosférico específico, ou adição de melhorias de cor, colagens e reconstrução de cores avançadas”, afirma a agência.
Essas fotos ilustraram estudos sobre a missão Juno e Júpiter. “Estamos escrevendo artigos para revistas científicas e usando suas contribuições – sempre com a atribuição apropriada, é claro. Algumas criações são obras de arte e estamos trabalhando em maneiras de mostrá-las como tal”, completa a Nasa.
A sonda Juno foi lançada em agosto de 2011, com planos para funcionar por 7 anos. Apesar disso, deve permanecer em missão até 2021. O objetivo principal da sonda é estudar a origem de Júpiter, e consequentemente do Sistema Solar.
Via: Nasa