O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa e a empresa australiana Akin estão trabalhando no desenvolvimento de uma IA com “inteligência emocional”, capaz de ajustar suas ações e respostas de acordo com o estado psicológico dos astronautas a bordo de uma espaçonave.

Astronautas tem que estar rigorosamente “em forma”, tanto fisicamente quanto psicologicamente, mas o confinamento por longos períodos em uma espaçonave e a rotina estressante, onde tudo é cronometrado até o último segundo, podem cobrar seu preço.

A bordo da ISS eles falam constantemente com psicólogos da Nasa na Terra, mas em uma missão de longo prazo para Marte ou outro destino isso pode não ser possível, devido ao atraso nas comunicações. A ideia é que a IA seja capaz de antecipar as necessidades de um astronauta, e até mesmo intervir se perceber que sua saúde mental está em risco.

A Akin está usando o projeto Open Source Rover para dar um “corpo” à sua inteligência artificial. O pequeno robô foi chamado de “Henry, the Helper” (Henry, o ajudante) e já circula pelos corredores do JPL interagindo com funcionários e visitantes.

Ainda neste ano a empresa espera colocar em operação mais dois robôs: “Eva, the Explorer” (Eva, a exploradora) será uma versão mais avançada de Henry, equipada com sensores capazes de detectar mais nuances na fala e expressões faciais. O outro será “Anna, the Assistant” (Anna, a assistente) e será configurado como um “assistente de laboratório” para auxiliar funcionários do JPL em seu dia-a-dia.

O objetivo final é desenvolver uma IA apelidada de “Fiona, the Future” (Fiona, o Futuro), que poderia ser usada na Gateway, estação espacial da Nasa que será colocada em órbita da Lua como parte do programa Artemis.

Fonte: MIT Technology Review