Stephen Hawking, físico britânico mais importante da ciência moderna, morreu na semana passada. Mas seu último legado para a humanidade é um estudo que pode abrir caminho para a descoberta de universos paralelos.
O jornal britânico The Times revelou que, no dia 4 de março, dez dias antes da morte de Hawking, a Universidade de Cornell registrou uma tese assinada por ele e Thomas Hertog, sob o título “Uma saída suave para a inflação eterna?”.
A inflação a que o estudo se refere é a inflação cósmica, nome dado ao processo de expansão do universo imediatamente após o momento conhecido como “big bang”. A tese ainda está sendo revista antes de ser publicada por uma revista científica.
A teoria de Hawking é de que, se um multiverso existe – como muitos teóricos defendem -, seria possível provar sua existência calculando a amplitude da radiação cósmica de fundo em microondas remanescente da inflação cósmica.
Segundo o cientista, seria possível medir, matematicamente, onde termina a amplitude dessa radiação de fundo desde o início dos tempos. Assim seria, teoricamente, possível comprovar que, na borda do nosso universo, existe outro.
Ao Business Insider, Hertog disse que o estudo tinha como objetivo “tranformar a ideia de um multiverso em uma base científica testável”. O cientista afirma que a última revisão, publicada em março, foi feita pelo próprio Hawking.
Se algum dia essa teoria for comprovada, é possível que os responsáveis recebam até um prêmio Nobel. Mas Hawking não poderia ser premiado porque uma das regras da fundação Nobel é não premiar pessoas que já morreram.
No entanto, pode levar algumas décadas até que alguém consiga provar a teoria de Hawking. O seu último estudo descreve um tipo de ferramenta de detecção que ainda está além da nossa tecnologia atual.