Nasa vai financiar projeto para buscar por inteligência extraterrestre

Objetivo será detectar assinaturas de atividade tecnológica na atmosfera de exoplanetas habitáveis
Rafael Rigues25/06/2020 17h24, atualizada em 25/06/2020 17h29

20200115110227-1920x1080

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Nasa vai financiar um projeto conjunto de pesquisa, conduzido pela Universidade de Harvard, pelas Instituições Smithsonian e pela Universidade de Rochester, todos nos EUA, para busca por inteligência extraterrestre (SETI, Search for Extra-Terrestrial Intelligente).

Esta será a primeira vez em 30 anos que a Nasa financia um projeto SETI, e a primeira vez na história que isso é feito com um projeto que não irá procurar por sinais de rádio. Em vez disso o projeto irá procurar “tecno-assinaturas” na atmosfera de um planeta que possam ser indicação de atividade tecnológica. Entre elas poluição industrial, luzes de cidades, o reflexo de painéis solares, megaestruturas e grupos de satélites.

Os pesquisadores acreditam que embora a vida possa assumir várias formas, os princípios científicos são universais. Com isso, as tecno-assinaturas que podem ser identificadas aqui na Terra também serão identificáveis de alguma forma mesmo fora do sistema solar.

Um empecilho para um projeto deste tipo no passado é que os cientistas não sabiam “onde procurar”. Mas com a descoberta de um número cada vez maior de exoplanetas potencialmente habitáveis, a tarefa ficou muito mais fácil.

“Minha esperança é que, usando esta verba, poderemos quantificar novas maneiras de investigar sinais de civilizações tecnológicas alienígenas que são semelhantes ou muito mais avançadas que a nossa”, disse Avi Loeb, professor de ciência em Harvard. “A questão fundamental que estamos tentando responder é: estamos sozinhos? Mas eu acrescentaria: se estamos sozinhos agora, estávamos sozinhos no passado?”.

Fonte: Center for Astronomics – Harvard and Smithsonian

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital