Nasa organiza missões para procurar vida nos oceanos de lua de Saturno

Missão enviada a Titã há 15 anos nos disse muito sobre a estrutura e composição do corpo celeste. Agora, o intuito é aprofundar nosso conhecimento em busca de vida.
Redação16/07/2019 11h33, atualizada em 16/07/2019 12h04

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Já se passaram quase 15 anos desde que a sonda Cassini-Huygens da Nasa enviou um módulo para a superfície de Titã, a maior lua de Saturno, e muito do que sabemos hoje sobre o oceâno de lá vem dessa missão. Agora, parece que a Agência Espacial está planejando um retorno, e um novo projeto financiado pelo Instituto de Astrobiologia, liderado por pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, tentará descobrir se a vida poderia existir nos oceanos da lua gelada e se sua atmosfera espessa poderia sustentá-la.

A notícia vem depois que a Nasa anunciou que enviará um pequeno drone helicóptero, chamado Dragonfly, para a lua de Saturno para explorar sua superfície. No entanto, ele não deve chegar lá antes de 2034. Enquanto isso a Agência planeja lançar uma nova missão em 2026.

Hoje, existem aspectos que podem ser analisados pelos dados anteriores coletados pela Cassini-Huygens, mas ainda faltam muitas informações. “O que não sabemos é a composição exata do oceano, sua densidade, seu perfil térmico, a estrutura geral da crosta gelada em cima dele”, disse à revista Astrobiology Mike Malaska, vice-investigador principal do projeto no Jet Propulsion Lab.

Agora, o próximo projeto tem quatro objetivos principais, o primeiro, a equipe quer entender como as moléculas são transportadas da superfície de Titã para seus oceanos. No segundo eles querem descobrir se compostos orgânicos complexos são capazes de sobreviver nos vastos oceanos sob a superfícies de Titã. Já o terceiro – dependente dos resultados dos objetivos anteriores – é explorar quanta energia química está disponível e pode ser metabolizada por organismos vivos. E finalmente, a equipe quer encontrar uma maneira de detectar as bioassinaturas que eventualmente tenham sido deixadas no oceano – uma tarefa particularmente complicada, dado que os oceanos de Titã são cobertos por uma casca externa e uma atmosfera rica em compostos orgânicos.

“Nossa ciência está seguindo as moléculas orgânicas em seu caminho do topo da atmosfera, onde são construídas, através da crosta e até o oceano, e se há processos biológicos acontecendo lá embaixo, como essas moléculas retornam à superfície e se tornam visíveis”, disse Malaska.

Se tudo correr conforme o planejado, o helicóptero Dragonfly vai aterrissar em Titã daqui a 15 anos. Até lá, provavelmente teremos uma compreensão muito melhor do que aguarda a espaçonave.

Via: Futurism

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital