A NASA anunciou hoje uma parceria com a General Motors (GM) e uma empresa médica suíça para lançar uma luva robótica movida a baterias que aumenta a força dos braços dos usuários. A tecnologia por trás da luva, desenvolvida em parceria entre a NASA e a GM, já havia sido usada para auxiliar astronautas em executar reparos na Estação Espacial Internacional.
A RoboGlove, como é chamada, é um exemplo de “exoesqueleto leve”: um dispositivo vestível pequeno que aumenta as capacidades do usuário. A luva utiliza atuadores e tendões artificiais para imitar os músculos de uma mão humana, e consegue aumentar a força e a resistência do usuário. Segundo a GM, ela será testada primeiramente em fábricas, com operários que realizam trabalhos manuais.
Além dessa aplicação, a RoboGlove também pode ser usada em uma série de outros contextos, desde reparos em máquinas pesadas até reabilitação de pacientes de fisioterapia com problemas nas mãos. A luva retira sua energia de uma bateria que o usuário prende na cintura, que é capaz de fornecer oito horas de energia a duas luvas ao mesmo tempo. O vídeo abaixo mostra a RoboGlove em funcionamento:
Segundo a agência espacial, a luva é ideal para tarefas repetitivas que exigem tanto um nível elevado de destreza quanto muita força nas mãos. O formato de luva permite que o usuário retenha a mobilidade e a sensitividade dos dedos. Os atuadores e tendões artificiais, por sua vez, aumentam a força das mãos e da empunhadora dos usuários.
De acordo com o Engadget, a tecnologia da RoboGlove veio de um projeto anterior da NASA chamado RoboNaut 2. A ideia daquele projeto era construir um robô para ajudar os astrounautas da Estação Espacial Internacional a conduzir reparos. As mãos do Roboaut 2 foram usadas como base para criação da luva robótica.
O dispositivo foi adaptado da tecnologia da NASA pela empresa suíça Bioservo Technologies por meio de um acordo de licenciamento. Mas há muitas outras pesquisas semelhantes envolvendo exoesqueletos. A Hyundai, por exemplo, criou um para ajudar operários de suas linhas de montagem, e há também um projeto de exoesqueleto que pode ajudar paraplégicos a andar novamente.