A NASA formalizou na semana passada um grupo de trabalho voltado para detecção e acompanhamento de NEOs (near-Earth Objects, ou objetos que passam perto da Terra). A equipe terá o objetivo de identificar e verificar as rotas de tais objetos, além de coordenar respostas a possíveis ameaças de impacto.

O grupo de trabalho em questão se chamará Planetary Defense Coordination Office (PDCO, algo como escritório de coordenação de defesa planetária). O programa dedicado ao rastreamento de NEOs já existia; esse ano, porém, o governo norteamericano já dedicou US$ 50 milhões do orçamento da NASA para esse grupo de trabalho – um valor mais de 10 vezes maior que o dedicado a essa atividade em 2010.

Encontrando asteroides

para detectar asteroides e outros objetos que passam perto da Terra, cientistas da NASA usam uma série de telescópios infravermelhos espalhados pelo planeta. Uma vez detectados, os NEOs têm seu trajeto analisado por uma equipe, e a informação é armazenada em monitorada em um centro da NASA em Pasadena, na California.

A NASA já conseguiu detectar mais de 90% dos NEOs com mais de um quilômetro de tamanho. Agora, porém, a agência espacial dos Estados Unidos está focando em objetos de até 140 metros (um pouco maiores que um campo de futebol), que ainda podem ser perigosos para o planeta no caso de um impacto.

Para os interessados, a agência espacial possui um widget que pode ser instalado em computadores que mostra quais são os asteroides mais próximos da Terra e disponibiliza os dados de todos os NEOs conhecidos. As instruções para instalar o widget podem ser vistas aqui.

Estratégias de defesa

Outro objetivo da PDCO será avaliar maneiras de alterar o curso de NEOs que estejam em rota de colisão com o nosso planeta. Com esse objetivo, a NASA planejou a Asteroid Redirect Mission (missão de redirecionamento de asteroides), programada para 2020, que testará a possibilidade de se alterar o curso de um asteroide usando a massa de outro objeto grande para influenciá-lo gravitacionalmente.

Além dele, a NASA também possui, em parceria com a agência espacial europeia, o Asteoid Impact and Deflection Assessment (AIDA, ou avaliação de impacto e deflecção de asteriores). Esse projeto estudará a viabilidade de se utilizar um impacto ou explosão para mudar o curso de asteroides que ameacem o planeta.