Os Estados Unidos estão levando a sério a nova versão da corrida espacial. A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira (10) uma proposta que aumentaria o orçamento da Nasa para US$ 25,2 bilhões em 2021, sendo que metade desse valor dedicada a financiar missões para levar novamente o homem à Lua e pela primeira vez até Marte. Trata-se de um aumento de US$ 2,6 bilhões em relação a este ano.

O projeto da Nasa pretende recolocar os americanos na Lua em 2024. A proposta prevê que a “agência precisa construir uma presença lunar sustentável como o primeiro passo” para uma missão tripulada com destino a Marte.

O primeiro objetivo da agência é o projeto Artemis, o projeto que colocará pela primeira vez uma mulher na Lua. Os experimentos têm como meta acumular conhecimento e experiência e testar tecnologias que permitam levar astronautas para o planeta vermelho partindo da Lua.

Na visão da Nasa, o Artemis custará cerca de US$ 35 bilhões ao longo dos próximos anos. Além do orçamento proposto para 2021, a agência espera alguns aumentos ao longo dos anos seguintes, elevando a verba para US$ 27,2 bilhões em 2022, US$ 28,6 bilhões em 2023, US$ 28,1 bilhões em 2024 e US$ 26,3 em 2025.

Dentro do orçamento de 2021 estão previstos US$ 3 bilhões para o desenvolvimento de um sistema de pouso para humanos na Lua. A Nasa diz que é a primeira vez desde as expedições da Apollo que a agência recebe verbas com esta finalidade. Além disso, US$ 4 bilhões serão destinados para exploração do espaço além da Lua; aí estão inclusos US$ 2,26 bilhões destinados ao SLS (Sistema de Lançamento Espacial), o foguete desenvolvido em parceria com a Boeing e que deve ser usado na missão Artemis e potencialmente na missão a Marte, US$ 1,4 bilhões para o desenvolvimento da cápsula Orion, que levará os astronautas até a Lua e os trará de volta e mais US$ 385 milhões para os sistemas que ficarão no solo lunar para apoio.

No entanto, por se tratar de um orçamento governamental, há algumas etapas antes de ele ser aprovado. A proposta da presidência ainda precisaria passar pelo poder legislativo, que, no fim das contas, poderá alterar qual será o verdadeiro orçamento da Nasa no próximo ano.