Galáxias milenares ‘invisíveis’, agora podem ser vistas

Por meio da colaboração entre o observatório chileno Alma e a Nasa, diversas galáxias antigas foram encontradas e podem ajudar a descobrir mais informações sobre o espaço
Redação08/08/2019 15h52, atualizada em 08/08/2019 17h53

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O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, já forneceu aos cientistas algumas fotografias incríveis do universo distante, no entanto ainda não consegue ver tudo. Grandes concentrações de galáxias no universo são invisíveis aos “olhos” do Hubble, então localizá-los requer um método de ‘espionagem’ diferente. Uma colaboração internacional de pesquisadores usou o Atacama Large Millimeter Array (ALMA) no Chile para analisar o universo primitivo e descobrir galáxias antigas que poderiam revelar mais sobre a natureza da matéria escura e dos buracos negros supermassivos.

A pesquisa, publicada na revista Nature em 7 de agosto, encontrou 39 galáxias antigas e enormes, de cerca de 2 bilhões de anos, que não são brilhantes o suficiente para serem observadas no espectro de luz visível. Usando o ALMA e o telescópio espacial Spitzer, da Nasa, que observam o universo em comprimentos de onda infravermelhos, a equipe de pesquisa foi capaz de confirmar a existência das galáxias.

‘A luz dessas galáxias é muito fraca, com longos comprimentos de onda invisíveis aos nossos olhos e indetectáveis pelo Hubble’, explicou Kotaro Kohno, coautor do artigo e pesquisador da Universidade de Tóquio. ‘Além disso, são galáxias incrivelmente empoeiradas e enormes, o que as obscurece da visão do Hubble’.

Embora os pesquisadores não possam dizer exatamente quantos anos as galáxias têm ou o que as transforma, elas mudarão a compreensão atual da evolução. A quantidade de galáxias observadas cheias de poeira espacialexcede o que era esperado, desafiando as hipóteses atuais de como essas galáxias maciças evoluem.

Sua descoberta também abre a possibilidade de estudar outros fenômenos cósmicos, como os buracos negros supermassivos, que os cientistas sabem residir no centro de grandes galáxias, e a enigmática matéria escura, que segundo teorias compõe a maior parte da matéria em nosso universo.

O Telescópio James Webb, que deve ser lançado em 2021, será a chave para entender melhor as galáxias detectadas, fornecendo informações sobre o que as criou. Webb é planejado como um sucessor do Hubble e será capaz de ver estrelas mais antigas com mais clareza.

Via: CNet

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital