Faleceu nesta sexta-feira (28), aos 96 anos, o matemático, físico teórico e escritor britânico Freeman Dyson. Ele ganhou notoriedade tanto no campo da ciência, com o estudo da eletrodinâmica quântica, quanto junto ao público geral, através das suas obras especulativas sobre civilizações extraterrestres.

Todo fã de ficção científica conhece o conceito da “Esfera de Dyson”, uma mega-estrutura hipotética que engloba completamente uma estrela para capturar uma grande parte de sua energia. A ideia é que uma civilização alienígena muito avançada poderia ser capaz de converter uma estrela em uma gigantesca bateria. O conceito chegou a ser utilizado em um episódio da série Jornada nas Estrelas – A Nova Geração.

Essa ideia foi apresentada em um artigo publicado em 1960, acabaria se tornando popular entre astrofísicos e entusiastas. Enquanto advogava pelo investimento em energia limpa na Terra, Dyson propôs que os astrônomos que procuravam vida inteligente no espaço estivessem atentos ao calor que irradiava de sóis ocultos. Para os esforços coloniais da própria humanidade, ele sugeriu a “Árvore de Dyson”, alterada geneticamente para crescer em cometas e gerar uma atmosfera respirável.

O físico trabalhou na Royal Airforce durante a Segunda Guerra Mundial, antes de frequentar a Universidade de Cambridge para obter seu diploma de graduação em matemática. Contribuiu para o estudo em campos como engenharia nuclear, física do estado sólido, ferromagnetismo, astrofísica, biologia e matemática aplicada. Dyson ganhou a Medalha Max Planck e o Prêmio Templeton por seus trabalhos.

“Suas contribuições foram tão amplas que é praticamente impossível para qualquer pessoa as resumir adequadamente. Eletrodinâmica quântica, mecânica estatística quântica, aproximação diofantina de números e conjuntos de matrizes aleatórias são apenas alguns dos campos para os quais Freeman contribuiu no mais alto nível. Mas, na verdade, ele deixou sua marca em quase todos os lugares”, afirmou o físico teórico e professor de física matemática no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, Edward Witten.

Via: New York Times/Business Insider