Durante um eclipse solar, como o que aconteceu no último dia 18 de junho, a Lua se coloca entre a Terra e o Sol, encobrindo parcial ou totalmente nossa estrela. A sombra da Lua é projetada na Terra, e para os espectadores no solo o dia brevemente se transforma em noite.
Você já pensou em como seria esse fenômeno observado a partir de outro ponto de vista? É que mostram as imagens feitas pelo satélite chinês Longjiang-2, que estava em órbita da Lua durante o eclipse que o ocorreu em 2 de julho de 2019.
O satélite foi criado por estudantes do Instituto de Tecnologia de Harbin, na China, e criado para estudar ondas de rádio de baixa frequência emitidas por objetos estelares distantes. Também carregava uma câmera, que foi usada para documentar o eclipse.
A captura das imagens foi uma colaboração internacional. Os comandos necessários para posicionar o satélite foram escritos por MingChuan Wei, do Instituto de Tecnologia de Harbin, na China. Eles foram enviados por um radioastrônomo amador alemão chamado Reinhard Kühn, e as imagens capturadas foram recebidas por amadores operando o radiotelescópio Dwingeloo Radio Observatory, na Holanda.
Infelizmente, as fotos tinham um intenso tom arroxeado. Foi aí que entrou em ação a última peça do “quebra-cabeças”, o designer gráfico Jason Major da Lights in the Dark, que corrigiu as imagens para que se aproximem das cores naturais que seriam vistas por um observador humano.
Outra visão do eclipse solar de 2 de julho de 2019, visto da Lua pelo satélite Longjiang-2. A “mancha escura” sobre o globo terrestre é a sombra da Lua. Foto: MingChuan Wei / Harbin Institute of Technology. Editada por Jason Major
Nas fotos é possível ver a sombra da Lua como uma mancha escura sobre nosso planeta. Aqui na Terra, o eclipse só é visível para quem está “dentro’ da área de sombra.
Menos de um mês depois, em 31 de julho de 2019, o satélite Longjiang-2 completou sua missão de 437 dias no espaço e foi direcionado para colidir com a Lua, em um impacto planejado.
Fonte: Science Alert