Estação Espacial ganha novo sistema para transformar urina em água

As melhorias nos sistemas de suporte à vida possibilitarão missões mais longas, como as planejadas para a Lua e Marte
Renato Mota12/03/2020 21h38

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Espaço físico dentro dos módulos é o recurso mais caro das missões espaciais. Como tudo é limitado – e levar qualquer coisa lá para cima é caríssimo – é preciso reaproveitar o que for possível. Nesta semana, a 20ª missão de reabastecimento da SpaceX para a Estação Espacial Internacional levou para bordo um novo hardware de suporte à vida, que inclui um sistema recuperação que fornece água potável ao reaproveitar resíduos, incluindo a urina dos membros da tripulação.

Melhorar o suporte à vida é o que permitirá a exploração da Lua e de Marte na próxima década. Os astronautas passarão semanas e até meses sem uma nova carga de suprimentos, e terão que reaproveitar tudo que levarem consigo na missão Artemis. O novo sistema de recuperação de água condensa a umidade da cabine e a água do sistema de hidratação dentro dos trajes espaciais dos membros da tripulação.

O conjunto de destilação de urina reprojetado – que ferve a urina dos astronautas para iniciar a purificação – será instalado no conjunto de processador de urina da Estação Espacial e testado para garantir que o hardware funcione conforme o planejado – atendendo rigorosos padrões de pureza antes de poder ser usada pela tripulação.

A água produzida pelo processador de urina será combinada com todas as outras águas residuais e entregue ao processador para tratamento. Após passar por uma série de materiais de filtragem e reações químicas para purificação, a água é analisada por sensores elétricos. A água limpa é enviada para um tanque de armazenamento – pronto para uso da tripulação.

“Melhorar a eficiência e a confiabilidade do sistema atual diminuirá a necessidade de excesso de peças sobressalentes a bordo”, explica a gerente do Marshall Space Flight Center, Jennifer Pruitt. “Com menos manutenção necessária, a equipe pode se concentrar na ciência”, completa.

Via: Nasa

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital