Cometa interestelar Borisov se aproxima do Sol e é visto da Terra

Esse é apenas o segundo do seu tipo a ser visto na nossa vizinhança cósmica
Redação09/12/2019 12h55, atualizada em 09/12/2019 13h19

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Um cometa brilhante do outro lado do sistema solar está se aproximando do Sol, iniciando sua volta para o espaço interestelar. O objeto foi nomeado cometa 2I/Borisov. Como esse é apenas o segundo do tipo a ser visto na nossa vizinhança cósmica, e foi descoberto pelo astrônomo amador Gennady Borisov, recebeu esse nome.

Em 2017, um objeto interestelar foi visto pela primeira vez no nosso sistema solar. O Oumuamua chamou a atenção também pela sua forma estranha e sua aceleração, e desapareceu levando a todos os tipos de teorias sobre sua origem. Abraham Loeb e Shmuel Bialy, de Harvard, chegaram inclusive a sugerir que poderia ser alguma máquina alienígena.

Ao contrário do Borisov, o Oumuamua foi visto depois de ter feito sua passagem mais próxima da Terra, o que dificultou a possibilidade de estudá-lo. Dessa vez, o cometa foi observado em agosto, dando tempo para os cientistas determinarem que é muito diferente do primeiro visitante. O Borisov é muito parecido com os cometas de origem no próprio sistema solar.

É esperado que o cometa continue visível por algumas semanas. Isso pode mudar se ele se quebrar à medida que se aproxima do Sol, como aconteceu com o ISON, aguardado com expectativa em 2013, mas que se desintegrou pela radiação solar.

Reprodução

Infelizmente, nem todos conseguirão ver o Borisov, mas algumas imagens já foram feitas por astrônomos profissionais. Para vê-lo será necessário um telescópio com abertura de pelo menos 30 centímetros, olhando na direção da constelação de Corvus, como na foto acima.

No dia 28 de dezembro, o cometa terá sua localização mais próxima da Terra, ficando a 180 milhões de quilômetros. Os pesquisadores vão continuar a reunir o máximo de dados possíveis. Analisando observações antigas, já conseguiram encontrar Borisov se aproximando em imagens de quase um ano atrás. A esperança é conseguir rastreá-lo de volta a sua origem, mas isso pode ser difícil, já que ele pode ser um viajante permanente, indo de um sistema solar para outro.

Via: CNET

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital