Atualmente, a viagem para Marte leva de seis a oito meses, tempo que interfere na hora de explorar o planeta vermelho. Porém, o cientista Philip Lubin propõe uma nova técnica que pode reduzir o tempo do trajeto para apenas alguns dias.

Um vídeo publicado pela agência explica uma tecnologia chamada propulsão de energia direcionada, na qual um laser de alta potência é disparado contra uma espaçonave, permitindo acelerá-la até 30% da velocidade da luz (próximo a 90 mil quilômetros por segundo). A técnica é usada normalmente em escala molecular e se chama aceleração eletromagnética; Lubin quer usá-la para objetos macroscópicos, como uma nave espacial. 

Lubin afirma que já existe tecnologia para utilizar essa técnica. “Não há razão conhecida de porque não podemos fazer isso”, afirma. “Poderíamos impulsionar um veículo robótico de 100 kg, com 1 m de altura, para Marte em poucos dias”, explica.

A ideia é ter sondas relativísticas orbitando ao redor das estrelas mais próximas, o que, na teoria de Lubin, abriria novas possibilidade de voos espaciais dentro do nosso Sistema Solar, e também além dele. As sondas seriam responsáveis por disparar estes lasers que aceleram as naves espaciais.

No vídeo, ele diz que seu sistema conseguiria levar o SLS (sigla para Sistema de Lançamento Espacial), um dos veículos espaciais mais poderosos do mundo, aos já citados 30% da velocidade da luz em apenas 10 minutos, usando a mesma quantidade de energia que os métodos atuais. Com a tecnologia atual, este mesmo período de tempo só leva a nave para a órbita terrestre.

Marte pode ser o objetivo mais óbvio, por ser o planeta mais próximo e ser o tema da vez quando o assunto é exploração espacial, mas Lubin vai além. Seria possível, por exemplo, chegar, dentro de 20 anos, a Alpha Centauri, a estrela mais próxima do nosso Sistema Solar, localizada a 4 anos-luz de distância (ou cerca de 38 trilhões de quilômetros). 

A Nasa ainda não possui projetos para utilizar esse tipo de propulsão.

Via CNet