A chuva de meteoros “Alfa monocerotídeas” poderá ser vista em todas as regiões do Brasil na madrugada desta sexta-feira (22). De acordo com o projeto científico “Exoss Citizen”, que faz o monitoramento deste tipo de objeto espacial, ela poderá ser mais ativa do que as outras chuvas de meteoros mais conhecidas, como a Perseidas, a Taurídeos e a Orionídeos.

O cientista Peter Jenniskens, do Instituto SETIS, atua na observação do céu e registra esses meteoros. Ele indica que a maior chance é de uma chuva intensa em um curto espaço de tempo, entre 1h e 2h da manhã, horário de Brasília.

As previsões apontam taxas de 100 a 400 meteoros por hora, uma peculiaridade desse fenômeno. Geralmente, esses eventos são visíveis durante dias ou até semanas. Contudo, a corrente de meteoritos que causa a chuva é muito fina. Um estudo assinado por Jenniskens, em parceria com a Agência Espacial Americana (NASA), demonstra chance de uma hiperatividade, um “outburst” ou explosão, quando são esperados centenas de meteoros por hora. O pico da chuva monocerotídeas deve durar 15 minutos.

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A última aparição da chuva Alfa monocerotídeas foi em 1995, e Jenniskens ajudou em sua previsão. Este ano, a predição foi feita a partir de dados existentes das chuvas anteriores. Com essas informações, foram criados modelos computadorizados da Terra se movendo em relação à posição das nuvens de meteoros antigos. As previsões dos cientistas sugerem que o planeta atravessará a mesma corrente que encontrou há quase um quarto de século.

O ponto central da chuva de meteoros, chamado de radiante, fica na constelação de Monoceros, o unicórnio, inspirando o nome do fenômeno. O radiante está perto da estrela Procyon e da constelação de Cão Menor.

Para observar o evento, basta olhar para o leste, onde ocorre o nascer do Sol, de preferência em um local de baixa iluminação artificial. A lua estará em fase crescente, facilitando a visualização dos meteoros. Os pesquisadores recomendam que as pessoas continuem assistindo por ao menos uma hora para garantir todo o espetáculo.

Via: G1