Neste fim de semana, brasileiros poderão observar com clareza um evento raro nos céus: uma chuva de meteoros. O fenômeno, chamado Eta Aquarídeos, consiste em fragmentos do cometa Halley que cruzam o sistema solar de tempos em tempos.

O cometa Halley passou pela Terra pela última vez em 1986 e só deve voltar em 2062. Mas, antes disso, uma vez por ano, a Terra cruza a órbita do cometa e acaba atravessando o rastro de poeira, gelo e pedras que se desprendem dele em sua trajetória pela galáxia.

Essas partículas passam pela Terra em alta velocidade e, quando chegam perto o suficiente para encostar na atmosfera, elas queimam e formam o que chamamos de “estrelas cadentes”. Quando muitas dessas partículas cruzam o céu em alta velocidade e volume, a isto damos o nome de “chuva de meteoros”.

Eta Aquarídeos é o nome da chuva de meteoros deixada pelo cometa Halley no sistema solar e visível do hemisfério sul uma vez por ano. Vez ou outra, as partículas que cruzam os céus nesses eventos conseguem atravessar a atmosfera e caem na Terra. São o que chamamos de meteoritos. Mas não se preocupe, nenhum é grande demais para causar qualquer destruição.

Como explica o professor Cássio Barbosa em seu blog no G1, a Terra já está passando pelo rastro do cometa Halley desde 19 de abril e deve continuar nessa trajetória até o dia 20 de maio. Mas a maior atividade de partículas do cometa cruzando o céu deve ser observada neste final de semana, na madrugada do dia 4 para o dia 5 de maio.

Para observar a chuva de meteoros, que pode exibir de 30 a 40 meteoros por hora, basta observar o céu na direção leste durante a noite a partir de um lugar escuro, onde as luzes artificiais das grandes cidades não prejudiquem a observação das estrelas. Procure pela constelação de Aquário.

As estrelas cadentes devem começar a cair a qualquer momento, mas a maior atividade é esperada entre 2h e 2h30 da madrugada. Você não precisará de telescópios, binóculos ou qualquer instrumento. Nas condições ideais, a chuva de meteoros é visível a olho nu.