A China está fazendo os últimos preparativos para lançar a Chang’e-5, a quinta missão de seu programa de exploração lunar, e já posicionou o foguete Longa Marcha 5 na plataforma de lançamento no Centro de Lançamento de Satélites Wenchang. Com decolagem prevista para a próxima terça-feira (24), a missão tem como objetivo coletar e retornar à Terra amostras do solo lunar.
Se tiver sucesso, a China será o terceiro país a conseguir amostras da Lua, depois dos EUA (na missão Apollo 11 em 1969) e da União Soviética (na Luna 16 em 1970). A quantidade a ser coletada chama a atenção: enquanto a Luna 16 trouxe apenas 100 gramas de solo, os cientistas chineses esperam que a Chang’e-5 traga “pelo menos” 2 Kg.
O local de pouso será uma formação vulcânica no lado oeste da face próxima da Lua (a que podemos ver da Terra), não muito distante da cratera Von Kármán onde a Chang’e-4 e o rover Yutu 2 pousaram em janeiro de 2019.
Rover Yutu 2, que atualmente explora a superfície lunar. Foto: CLEP
O veículo terá 14 dias terrestres, ou meio dia lunar, para completar sua missão. Isso porque não tem um sistema de aquecedores para proteger seus componentes das gélidas noites lunares, quando a temperatura pode chegar a -173 ºC
A Chang’e 5 é a terceira fase do CLEP (Chinese Lunar Exploration Program, Programa Chinês de Exploração Lunar), que começou em 2017 com a entrada da Chang’e 1 em órbita lunar. O programa tem esse nome em homenagem à Deusa chinesa da Lua, cuja lenda serviu de inspiração para o filme “A caminho da Lua”, que estreou recentemente no Netflix. O modulo de pouso da Chang’e 3 e o rover Yutu, que chegaram à Lua em dezembro de 2013, aparecem no filme.
Os EUA pretendem retomar as missões tripuladas à Lua em 2024, com o programa Artemis. A China ainda não definiu uma data fixa para isto, mas estuda uma possível missão na década de 2030.
Fonte: Futurism