A Telesat, empresa canadense de telecomunicações e concorrente da SpaceX no setor de internet, quer conectar regiões remotas com seus satélites de baixa órbita (LEO). Agora, parece ter o apoio do governo do país, que anunciou uma contribuição de 600 milhões de dólares canadenses (R$ 1,7 bilhões, aproximadamente) para a próxima frota de satélites. Outros 85 milhões de dólares serão usados para criar 500 novos empregos, investir em pesquisa e promover a educação na área de STEM (sigla para “ciência, tecnologia, engenharia e matemática”).
Navdeep Bains, ministro de Inovação do Canadá, afirma que o acesso à internet de alta velocidade não é um luxo, e os canadenses devem ter acesso a ela independente de onde vivem. “Os anúncios de hoje nos fornecerão uma ideia de como será a conectividade futura de comunidades rurais e remotas. Também vai garantir que empresas canadenses inovadoras, como a Telesat e suas parceiras, continuem líderes mundiais, criando empregos altamente qualificados no Canadá.”
A Telesat está avançando em seu objetivo de estabelecer uma constelação de 292 satélites de baixa-órbita (LEO), para fornecer serviços de internet via satélite até o final de 2022. Em janeiro, a empresa chegou a um acordo com a Blue Origin, de Jeff Bezos, para implantar os satélites, e a Loon, da Alphabet, para fornecer o sistema de rede. Atualmente, algumas companhias estão disputando a construção da constelação da Telesat, estimada em US$ 3 bilhões.
A rede LEO da Telesat será 35 vezes mais próxima da órbita da Terra do que os satélites tradicionais, o que proporciona uma viagem mais curta para os sinais de internet. Espera-se que tal sistema se integre facilmente às redes terrestres existentes e ofereça internet com qualidade de fibra em qualquer lugar da Terra. A Telesat espera fornecer velocidades mínimas de 50/10 Mbps por domicílio.
O Canadá rural é considerado há muito tempo como uma “zona de blecaute”, com velocidades muito lentas de conexão. Nas cidades do Canadá, por sua vez, 96% dos habitantes têm acesso a velocidades de pelo menos 100 Mbps. Espera-se que o empreendimento da Telesat – que deverá faturar US$ 1,2 bilhão em receita nos próximos dez anos – também ajude a superar esta barreira digital.
Fonte: Engadget