Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) finalmente vão poder usar o Spaceborne, um supercomputador criado pela Hewlett Packard Enterprise em parceria com a Nasa, para conduzir experimentos no espaço.

O Spaceborne está na ISS desde 2017, mas, até hoje, vem sendo usado apenas para realizar testes de diagnóstico com o objetivo de descobrir como um computador feito na Terra se comporta nas condições de baixa gravidade do espaço.

Após um ano de testes, o Spaceborne poderá ser usado por completo a partir de agora. A máquina consegue processar 1 trilhão de operações de ponto flutuante por segundo e ajudará os cientistas da ISS a concluir seus estudos mais rapidamente.

Até hoje, os astronautas tinham que coletar dados na ISS e enviá-los para a Terra, onde os cientistas no solo fariam o processamento e estudariam as descobertas. Agora, com o Spaceborne liberado, esse processamento pode ser feito na ISS mesmo.

Segundo a HPE, o ganho de velocidade pode não ser tão grande agora, já que a ISS fica numa órbita de baixa altitude, de modo que o atraso na comunicação não é tão grande. Mas para as futuras missões em Marte, em que uma mensagem pode levar até 20 minutos para chegar à Terra, um supercomputador de fácil acesso será essencial.

HPE e Nasa não divulgaram quais estudos serão realizados usando o poder de processamento do Spaceborne. O supercomputador estava programado para voltar à Terra no começo de 2019, mas uma recente falha no lançamento do foguete Soyuz colocou o seu retorno em espera por enquanto.