Asteroide do tamanho de um campo de futebol passa raspando pela Terra

Renato Santino17/04/2018 17h15, atualizada em 17/04/2018 17h20

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Um asteroide passou raspando pela Terra sem que fosse percebido até a última hora, em mais uma prova de que se um dia realmente um corpo celeste ameaçar a vida no planeta não há garantias de que possamos reagir a tempo. O asteroide tinha o tamanho de até 110 metros de diâmetro, o que, para referência, é um pouco maior do que um campo de futebol no padrão oficial estabelecido pela CBF em 2016 (105 metros).

O asteroide foi batizado de 2018 GE3, e foi descoberto apenas no último sábado, 14, por astrônomos do Catalina Sky Survey e do Steward Observatory, no Arizona; menos de 24 horas depois ele estava passando perto da Terra a uma distância de apenas 192 mil quilômetros, o que não é nada em uma escala astronômica e representa cerca de metade da distância entre a Terra e a Lua, se deslocando a uma velocidade de 29,8 quilômetros por segundo, ou 107 mil km/h.

Não é exatamente incomum que asteroides passem raspando pela Terra como fez o 2018 GE3, com distâncias inferiores à do nosso planeta até a Lua. No entanto, o que chama a atenção é o tamanho do corpo celeste que passou por nós despercebido até a última hora, e que poderia ter causado um estrago enorme se sua trajetória fosse um pouco diferente.

Você talvez se lembre de um asteroide que se chocou com a atmosfera sobre a Rússia em 2013. O bólido acabou explodindo sobre a cidade de Chelyabinsk e criou uma onda de choque que feriu centenas de pessoas, embora nenhum dos danos tenha sido realmente sério. Milhares de janelas se quebraram no processo. O 2018 GE3 é até cinco vezes maior do que o asteroide russo, o que dá uma dimensão dos prejuízos que ele poderia causar.

O site CNET também nota que fazia tempo que um asteroide desse tamanho passava tão perto pela Terra. O banco de dados da NASA que cataloga objetos que passam perto do nosso planeta mostra que os últimos casos de asteroides maiores que o 2018 GE3 passaram por aqui a uma distância inferior à metade da que separa a Lua do nosso planeta ocorreram em 2001 e em 2002.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

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