A empresa de exploração espacial privada SpaceX, do bilionário Elon Musk, conseguiu fazer um foguete pousar após um lançamento pela quarta vez nesta segunda-feira, 1. Dessa vez, a manobra não foi de teste, mas uma missão oficial.
O foguete Falcon 9 foi encarregado de colocar em órbita o NROL-76, um satélite de espionagem montado pelo exército dos EUA. Essa foi a primeira missão que a SpaceX realizou para as forças armadas norte-americanas desde que recebeu certificação para lançar satélites para a Força Aérea em 2015.
Por se tratar de uma missão delicada, envolvendo um satélite de espionagem dos EUA, o lançamento desta segunda foi bem diferente dos anteriores. A transmisssão ao vivo realizada pela internet, por exemplo, mostrou bem menos detalhes do foguete e do módulo lançado do que o normal.
Além disso, a SpaceX usou um modelo novo do Falcon 9, em vez de reutilizar um já lançado em missões anteriores – como já demonstrou ser capaz de fazer. O foguete também pousou na base em solo da empresa, e não numa plataforma no meio do oceano como em outros lançamentos.
Pode parecer pouca coisa, mas conseguir pousar e reutilizar um foguete após um lançamento significa um grande impacto para o futuro da exploração espacial. Isso porque, até hoje, foguetes normalmente eram usados uma vez só: lançavam um módulo até o espaço e depois caíam na Terra e eram descartados.
Com foguetes reutilizáveis, o preço de missões espaciais e os gastos com lançamentos de satélites podem ficar muito menores. No futuro, até visitas a outros planetas podem ficar mais rápidas e baratas com foguetes que podem ir e voltar em segurança.