Neste final de semana, mais especificamente no sábado, 20 de julho, o pouso da missão Apollo 11 na Lua completa 50 anos. Considerado uma das maiores conquistas científicas da história humana, o feito ainda é centro de inúmeras teorias da conspiração, que tentam negar que um dia o homem pousou e andou sobre o solo lunar.

A questão é que existem, sim, várias provas que mostram de que a missão foi concluída com sucesso. Elas foram coletadas não só em 1969, enquanto Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins pisavam na Lua, mas também em outras missões espaciais que reconheceram os rastros deixados pela atividade humana no satélite natural.

Retrorrefletores

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Os primeiros retrorrefletores chegaram à Lua por meio dos astronautas da Apollo 11 e servem como um parâmetro muito bom para detectar a atividade humana em solo lunar. Isso porque eles refletem a luz de uma forma que não é natural.

Os retrorrefletores possuem uma propriedade curiosa: em vez de refletir a luz no mesmo ângulo de incidência, mas em outra direção, eles devolvem a luz na direção da incidência. Isso significa que, se você apontar um laser poderoso o suficiente para alcançar a Lua na direção de um desses refletores especiais, você receberá de volta um jato de luz que pode ser medido por equipamentos específicos.

Os equipamentos ajudaram a calcular de forma mais concreta a distância da Terra para a Lua. Sabendo a velocidade da luz no vácuo (300 mil quilômetros por segundo), basta esperar o laser ser refletido e reconhecido por equipamentos na Terra e calcular o tempo necessário para isso (cerca de 2,5 segundos). Sabendo velocidade e tempo de viagem, é fácil calcular a distância percorrida pela luz e, consequentemente, a distância da Lua ao nosso planeta.

Pedras lunares

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Os astronautas da Apollo 11 não se limitaram a pisar no solo lunar. Eles também coletaram amostras do solo, incluindo mais de 20 quilos de rochas coletadas na Lua, e que estão até hoje sendo estudadas e analisadas por cientistas do mundo inteiro. Não existe qualquer tipo de rejeição ao material ou qualquer dúvida entre especialistas de que elas tenham vindo da Lua.

Curiosidade: as expedições à Lua permitiram a descobertas de alguns minerais novos, entre eles a armalcolida, que recebeu esse nome graças aos três homens a pisar primeiro na lua: Armstrong, Aldrin e Collins.

As missões deixaram pegadas e rastros

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Quando pisamos na areia, deixamos pegadas. Se andarmos com algum veículo motorizado como um buggy, as rodas deixarão suas marcas. No entanto, pelas condições da Terra, essas marcas desaparecem depois de algum tempo. Isso acontece por vários motivos: vento, chuvas ou algum tipo de atividade vegetal ou animal. Nada disso existe na Lua, no entanto, o que significa que quando deixamos marcas por lá, elas ficam.

E acontece que, sim, as marcas humanas no solo lunar ainda estão lá, e são bastante visíveis em múltiplas situações. Por exemplo: a LRO (Orbitador de Reconhecimento Lunar), sonda da Nasa que orbita a Lua, já capturou imagens do local de pouso da Apollo 11.

No entanto, outras sondas de outros países já registraram imagens de expedições do homem à Lua. Em 2009, a Chandrayaan-1, sonda lunar da Índia, conseguiu imagens do local de pouso da Apollo 15, uma outra missão que levou pessoas em 1971, o que aponta a veracidade da operação por um órgão independente, sem qualquer vínculo com os Estados Unidos: a ISRO (Organização Indiana de Pesquisa Espacial).

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As paisagens já foram capturadas por sondas lunares

A paisagem lunar não muda muito com o passar dos anos, pela ausência de uma atmosfera e condições naturais como mencionado previamente. Isso significa que sondas que orbitaram e pousaram na Lua também conseguiram capturar as mesmas paisagens que foram registradas pelos astronautas. É o caso da SELENE, uma sonda japonesa que orbitou a Lua, que conseguiu clicar uma série de imagens que quando mescladas, formam a base dos Montes Apenninus, que foram fotografados pela Apollo 15.

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