30 anos depois, Nasa revisita o ‘Pálido Ponto Azul’

Foto feita para ilustrar a fragilidade de nosso planeta e seu lugar no universo foi tratada usando técnicas modernas de processamento de imagens
Rafael Rigues13/02/2020 13h23, atualizada em 13/02/2020 13h25

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Há 30 anos, em 14 de fevereiro de 1990, a sonda espacial Voyager 1 da Nasa fez uma das fotos mais icônicas em toda a história de nossa exploração espacial. Em meio ao vazio do cosmos, equilibrado em um raio de sol, estava um “pálido ponto azul”. É a Terra.

A imagem foi resultado de uma campanha criada pelo astrônomo Carl Sagan para convencer a Nasa a virar a Voyager 1, então a 6 bilhões de quilômetros da Terra, para nós e fazer uma última imagem de nosso lar. Sagan sabia que a foto não teria valor científico, mas acreditava que seria útil para nos dar uma perspectiva de nosso lugar no universo.

Para celebrar o aniversário, Kevin Gill, engenheiro do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA na Califórnia e especialista em processamento de imagens, deu à foto um novo visual. Durante o processo, ele recebeu contribuições de Candy Hansen e William Kosmann, que ajudaram a planejar a fotografia original.

A foto original era uma compilação de imagens tiradas usando três filtros de cores diferentes. Na nova versão, esses canais foram reequilibrados para tornar a imagem mais nítida, e o feixe de luz solar ao redor da Terra foi ajustado para parecer branco, como a luz solar parece aos nossos olhos.

Segundo um comunicado da Nasa, “esta versão atualizada usa software e técnicas modernas de processamento de imagens para revisitar a famosa foto da Voyager, enquanto tenta respeitar os dados originais e a intenção daqueles que planejaram as imagens”.

Fonte: Space.com

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital