A Amazon Web Services (AWS), divisão de serviços na nuvem da Amazon, anunciou nesta terça-feira (27/11) o lançamento do AWS Ground Station, uma solução que quer reduzir os custos no gerenciamento de dados que trafegam entre os satélites que estão em órbita ao redor da Terra às estações-base espalhadas pelo planeta. A apresentação foi feita no Re:Invent 2018, evento da Amazon voltado à desenvolvedores de soluções na nuvem, que acontece em Las Vegas e que o Olhar Digital acompanha ao vivo*.
De acordo com a AWS, o Ground Station usará estações-base que pertencem à própria empresa para fazer essa comunicação com os satélites e as informações alocadas na nuvem. Segundo a companhia, os comandos de downlink e uplink dos dados que trafegam através do satélite se darão de uma forma mais rápida e prática, bem como o gerenciamento, análise e processamento dos mesmos. Além disso, o manuseio das informações poderá ser programado a partir da interface proprietária da empresa, o AWS Management Console.
A AWS afirma ainda que o Ground Station permite um processamento de dados quase imediato, com baixa latência para acessar seus outros serviços, já que há corte de intermediários. E o custo de uso do satélite para o tráfego de informações poderá ser pago por minuto, o que geraria uma economia de até 80% no uso deste tipo de plataforma.
Por fim, a AWS declarou que a sua solução minimiza alguns desafios deste tipo de sistema, como a exigência de estações terrestres (antenas e infraestrutura computacional) localizadas ao redor do mundo e o desenvolvimento de softwares customizados para o downlinking e uplinking dos dados. A empresa espera atrair governos, redes de televisão, entre outras empresas que realizam a transmissão de dados via satélite.
O serviço está disponível inicialmente nos EUA, mas ainda em regime de testes. A Amazon pretende expandí-lo para o resto do mundo nos próximos meses, mas ainda não anunciou datas de quando isso ocorrerá.
*O jornalista Rui Maciel viajou para Las Vegas à convite da Amazon