O próximo carro da Toyota pode saber os hábitos de condução diária, comida favorita e até peso do motorista. A montadora criou um novo setor na empresa, junto com a Microsoft, com o objetivo de trazer novos serviços de carros conectados sem sobrecarregar o condutor com a tecnologia.

A área, chamada de Toyota Connect, irá usar a computação em nuvem da plataforma Azure da Microsoft para desenvolver novos produtos para os motoristas, empresas com frotas de automóveis e até mesmo concessionárias.

Um volante que monitora os batimentos cardíacos de um motorista, um sistema de comunicação entre veículos para avisar sobre perigos à frente ou um assistente virtual que não só seleciona o melhor percurso para evitar o trânsito, como ainda inclui o restaurante favorito do motorista no meio da rota são algumas das possibilidades de desenvolvimento do projeto.

Nenhuma das empresas informou quando estes produtos estarão disponíveis para o mercado, mas as primeiras tecnologias serão lançadas primeiro nos Estados Unidos para depois serem distribuídas globalmente, garantiu a gigante da tecnologia.

A Toyota Connect será o centro de ciência de dados para toda a montadora, auxiliando também nas pesquisas de robótica e de inteligência artificial.

Novo mercado
A joint venture ilustra uma tendência entre os fabricantes de automóveis conectar os veículos com os motoristas. Por conta disso, as fabricantes têm jogado um monte de tecnologia nos carros, em uma tentativa de recuperar o atraso com o avanço das funcionalidades dos smartphones. No entanto, a adição de mais tecnologia nem sempre é traduzido em vendas.

A Toyota espera desenvolver um carro que consiga incorporar uma tecnologia que reúna todas as facetas da vida, como trabalho, família e diversão, para conquistar a fidelidade do cliente e, a partir disso, alavancar as vendas.

A empresa japonesa está apostando alto na tecnologia, tanto que ampliou seu investimento em dados, desenvolvimento de software e inteligência artificial no ano passado. Em setembro de 2015 foi anunciado um investimento de US$ 50 milhões em uma parceria com o MIT e a Universidade de Stanford para criar centros de pesquisa com foco no uso da inteligência artificial para tornar a condução mais segura.

Via Fortune