Tesla remove opção de ajuste do freio regenerativo em novos carros

Opção controla a intensidade do sistema que recupera energia cinética da frenagem e a transforma em energia elétrica para a bateria do carro
Rafael Rigues27/10/2020 19h23, atualizada em 27/10/2020 19h26

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Veículos elétricos, como os produzidos pela Tesla, têm um recurso chamado “freio regenerativo” que converte a energia cinética da frenagem de um carro de volta em energia elétrica, devolvendo um pouco de carga às baterias. Além de aumentar a autonomia do veículo (especialmente no “para e anda” das grandes cidades), ele também reduz o desgaste dos freios.

Até junho deste ano, os motoristas de carros da Tesla podiam escolher a “intensidade” desse sistema, entre baixa (Low) e padrão (Standard). Dependendo do ajuste, os carros reduzem a velocidade de forma mais ou menos agressiva quando o motorista tira o pé do acelerador. O ajuste padrão é o mais eficiente, mas a intensidade baixa é recomendada para usuários que nunca dirigiram um carro com este recurso.

Mas por algum motivo, novos veículos da Tesla, entregues a partir de junho, não oferecem mais a capacidade de escolher entre os dois níveis de intensidade do freio regenerativo. Os carros saem de fábrica configurados para o modo “Standard”, sem a possibilidade de mudança.

Segundo o site Electrek, isso está acontecendo apenas nos carros novos. Veículos que tinham a opção de seleção entre os dois modos a mantém, mesmo após uma atualização de software.

A Tesla não se pronunciou sobre a mudança. Especula-se que ela possa ter sido feita como forma de aumentar a eficiência dos veículos, sem que usuário tenha que se preocupar muito com as nuances relacionadas a isso.

Direção autônoma

Outra mudança recente no software dos veículos da Tesla foi o início de testes beta do software de direção completamente autônoma (FSD – Full Self Driving), que inicialmente estará disponível a um pequeno número de usuários “experientes e cautelosos”.

Com o software o carro é capaz de se conduzir sozinho, seja pelas ruas da cidade quando por estradas, respeitando sinais de trânsito, evitando obstáculos e mantendo os limites de velocidade da via e distância segura em relação aos outros veículos na pista.

Apesar de permitir que os motoristas cheguem a seus destinos sem nenhuma intervenção manual, a montadora afirma que, pelo menos durante os testes beta, é necessário o monitoramento do usuário.

“O Full Self-Driving está em beta limitado inicial e deve ser usado com cuidado adicional”, alerta a empresa. “Ele pode fazer a coisa errada no pior momento, então você deve sempre manter as mãos no volante e prestar atenção redobrada à estrada”, acrescentou.

 Fonte: Electrek

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital