Robôs respondem por mais da metade do tráfego da internet, diz estudo

Redação07/02/2017 12h48, atualizada em 07/02/2017 13h28

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A internet é usada por centenas de milhões de pessoas todo dia, mas o tráfego provocado por robôs é ainda maior. É isso que conclui o relatório anual de tráfego da Imperva Incapsula. A empresa analisou o tráfego em mais de 16,7 bilhões de visitas a mais de 100 mil sites escolhidos aleatoriamente num período de 90 dias para chegar a essa conclusão.

Segundo os dados da Incapsula, apenas 48,2% do tráfego da rede são causados por nós. Esse valor, aliás, já foi menor: em 2013, humanos respondiam por apenas 38,5% do tráfego. Após anos em ascensão, essa porcentagem voltou a cair em 2016. Em 2015, os humanos causaram 51,5% do tráfego da rede – a primeira vez desde o início das medições em que nós respondemos por mais da metade.

Os outros 51,2% do tráfego de 2016 foram feitos por robôs, ou bots. Mais especificamente, 22,9% foram feitos por robôs “bons”, como ferramentas de busca ou de feed de notícia, e 28,9%, por robôs “maus”, como ladrões de conteúdo e disseminadores de spam. O gráfico abaixo dá mais detalhes sobre a evolução desses números ao longo do tempo:

Reprodução

Os bons, os maus e os humanos

De acordo com o relatório, o aumento do tráfego causado por bots em 2016 foi causado principalmente por um aumento na partiipação dos bots “bons”. Eles são, por exemplo, os “spiders” e os “feed fetchers”. Os “spiders” são robôs usados por sites de busca: ficam viajando pela internet visitando e indexando novos sites que encontram pelo caminho.

Os “feed fetchers”, por sua vez, fazem uma tarefa semelhante para buscar conteúdo para os feeds de notícia de usuários de redes sociais. Apenas os “spiders” do Google e os “feed fetchers” do Facebook geram mais de 8% do tráfego da internet inteira.

Por outro lado, há também os “robôs maus”, que, como o nome indica, são usados para roubo de dados ou cibercrime. Alguns exemplos de “robôs maus” são os que se passam por humanos para promover ataques DDoS, os que falsificam links e comentários em sites e fóruns para espalhar spam, e ferramentas usadas por hackes para buscar vulnerabilidades em sites.

Por que isso importa

Pode até ser curioso que os robôs causem tanto tráfego, mas isso também é um problema. De acordo com o Axios, os robôs custam cerca de US$ 7 bilhões por ano às empresas que investem em publicidade online. Isso porque essas empresas pagam para que suas propagandas sejam vistas por humanos, e não por robôs, e é necessário investir bastante dinheiro para que isso se concretize.

Como o número de “robôs maus” na internet é muito grande, a probabilidade de que eles cheguem a um site específico também é. Ainda segundo a Imperva, 94,2% dos mais de 100 mil sites avaliados no estudo foram visitados por um bot “do mal” ao longo dos 90 dias do levantamento. Embora trate-se geralmente de apenas uma aferição em busca de vulnerabilidades (que é muito menos perigosa que um ataque direcionado), essas visitas podem acabar comprometendo sites menos protegidos.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital