Dirigir sob o efeito de álcool é ilegal em uma série de países pelo mundo, mas como fica a legislação frente ao advento dos carros autônomos?
Para a Comissão Nacional de Transporte (NTC, na sigla m inglês) da Austrália, a resposta é óbvia: num carro autônomo, o “motorista” nada mais é do que um passageiro e, portanto, deveria poder trafegar mesmo que embriagado ou drogado.
O órgão divulgou um documento recentemente apontando que “a situação é análoga a uma pessoa instruindo um taxista aonde ir”, e que aplicar a legislação atual aos carros autônomos imporia uma “barreira” à tecnologia.
A NTC acredita que regra atual deveria se manter apenas para veículos tradicionais e semi-autônomos, já que nesses casos é o humano quem efetivamente controla a direção.
Mas não é só isso, a NTC também defende adequações quanto à responsabilização em casos de acidente. Atualmente, o condutor é automaticamente apontado como culpado, mas o órgão entende que a lei deveria ser alterada para que o próprio sistema pudesse responder — o que talvez implique em responsabilizar a empresa que o desenvolveu.
“Apontar o humano como responsável talvez restrinja a introdução dos veículos autônomos na Austrália e recuse ou atrase desnecessariamente muitos potenciais benefícios da tecnologia”, explica o órgão, segundo reporta o The Guardian.