Novo tipo de fogo pode ajudar o meio ambiente

Redação09/08/2016 18h45

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Uma equipe de pesquisdores da Universidade de Maryland nos Estados Unidos observaram, descreveram e conseguiram reproduzir um fenômeno ainda não observado na combustão. O fenômeno recebeu o nome de “blue whirl”, algo como “turbilhão azul”, “ciclone azul” ou “redemoínho azul”, e pode ter aplicações interessantes para o meio ambiente.

De acordo com os cientistas, o “ciclone azul” evolui a partir de ciclones de fogo amarelos, que são extremamente perigosos. No entanto, eles são mais estáveis e fáceis de se criar do que os amarelos, segundo o Gizmodo.

Os pesquisadores publicaram um artigo sobre o fenômeno no periódico científico PNAS, no qual argumentam que ele pode ser usado para pesquisa de mecânica dos fluidos e processos de combustão menos poluentes. Para ilustrar seu achado, os pesquisadores também fizeram um vídeo mostrando o “ciclone azul” em uma variedade de situações. Ele pode ser visto abaixo:

Amarelo é fuligem

Geralmente, as chamas possuem partes azuis, amarelas e, às vezes, laranjas e vermelhas. As cores além do azul são emitidas por partículas de fuligem que chegam ao ar. Essas partículas não foram totalmente queimadas por não haver oxigênio suficiente.

“O azul do ciclone indica que há ooxigênio suficiente para que ocorra combustão completa, o que significa que menos ou nenhuma fuligem resulta do processo, e portanto a queima é mais limpa”, explicou a professora Elaine Oran, uma das autoras do artigo, ao site da universidade.

Os pesquisadores descobriram o novo fenômeno enquanto pesquisavam o comportamento de ciclones de fogo sobre a água. A ideia deles era buscar alguma aplicação prática para algo que era considerado extremamente perigoso e destrutivo. segundo Michael Gollner, outro dos autores, essa foi a primeira vez que esses fenômenos foram estudados por suas aplicações práticas.

Queima limpa

Uma das ideias dos cientistas é seguir estudando o “ciclone azul” para conseguir controlá-lo e reproduzí-lo de maneira mais confiável e em escala maior. Caso atinjam esse objetivo, eles esperam poder usar o fenômeno para limpar, de maneira mais eficiente e ambientalmente correta, desastres ambientais como vazamentos de petróleo.

Atualmente, essa técnica já é utilizada em alguns casos de derramamentos de poluentes oleosos sobre águas. No entanto, ela é realizada com processos de combustão “sujos”, que geram muita fuligem e poluentes. O “ciclone azul” poderia oferecer uma alternativa melhor para resolver problemas como esse.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital