A Tesla deve introduzir neste ano, inicialmente em carros Model 3 produzidos na China, um novo tipo de bateria com maior longevidade e que irá tornar o custo dos veículos “comparável àqueles com motor à combustão”.

Segundo informações da Reuters, as baterias são fruto de uma parceria com a chinesa Contemporary Amperex Technology Ltd. (CATL) e um pequeno laboratório na Universidade Dalhousie em Halifax, no Canadá. O laboratório é chefiado desde 1996 por Jeff Dahn, pioneiro no desenvolvimento das baterias de íons de lítio usadas em veículos elétricos e para armazenamento de energia.

As baterias serão baseadas em uma nova química interna que dispensa o uso do cobalto, um dos ingredientes mais caros e controversos. Além disso, serão “empacotadas” pela CATL usando uma nova tecnologia chamada “Cell to Pack”, que permite agrupar mais baterias num mesmo espaço e reduzir os custos com invólucros.

Para reduzir ainda mais os custos as baterias serão produzidas em linhas de montagem altamente otimizadas chamadas de “terafábricas”, 30 vezes maiores que a atual “gigafábrica” da Tesla em Nevada, nos EUA.

“Temos de nos certificar de ter uma curva muito íngreme na produção de baterias e continuar a melhorar seu custo por kilowatt-hora. Isto é fundamental e extremamente difícil”, disse Elon Musk, CEO da Tesla, a investidores em janeiro deste ano. “Temos que aumentar a produção de baterias a niveis insanos, que as pessoas não podem nem compreender hoje em dia”.

De acordo com o Business Insider, Musk afirmou a investidores que a Tesla fará um “dia da bateria”, na terceira semana de maio, para anunciar novidades neste segmento. Segundo o executivo, será “o dia mais emocionante na história da Tesla”.

Fonte: Reuters