O futuro da família Jetsons finalmente começa a se desenhar à nossa frente. Nesta semana, a empresa holandesa Pal-V abriu o processo de pré-venda do primeiro carro voador comercial do mundo.

Dois modelos estarão disponíveis, o Liberty Pioneer e o Liberty Sport. Ambos foram desenvolvidos com tecnologias já existentes e pensados para se encaixar nas legislações vigentes, motivos pelos quais a companhia será capaz de colocá-los no mercado tão rapidamente.

“No final de 2017, vamos começar a montar uma série de pré-produção, seguida pela fabricação dos primeiros Liberty para nossos clientes ‘pioneiros'”, conta o CEO da marca, Robert Dingemanse, em nota (pdf). “As entregas dos modelos certificados para estrada e ar estão programadas para o final de 2018.”

Não é qualquer um que pode adquirir um desses carros, porém. Em primeiro lugar, o interessado tem que ser rico, já que é preciso dar uma entrada (não reembolsável) de US$ 25 mil, o equivalente a R$ 77,1 mil.

O modelo “mais barato” é o Liberty Sport, que a empresa espera vender por US$ 400 mil (R$ 1,2 milhão). Só que ele só estará disponível após a primeira etapa de venda, que será encabeçada pelo Liberty Pioneer Edition, um modelo que sairá por US$ 600 mil (R$ 1,8 milhão) — a empresa quer colocar 90 unidades deste no mercado antes de abrir a distribuição do Liberty Sport.

Além disso, o comprador precisa de licença para voar, e é melhor obtê-la antes de efetuar a reserva, já que, assim como ocorre em autoescolas, o candidato pode reprovar — e ficar sem os R$ 77,1 mil do depósito. “Para ser capaz de operar um avião você precisará de algum conhecimento básico de navegação, instrumentos, meteorologia, aerodinâmica e performance”, explica a PAL-V.