O Google Assistente está mais robusto graças a uma atualização disponibilizada nesta quarta-feira (23). No intuito de melhor equilibrar as rotinas profissionais e lazer durante a pandemia e o trabalho remoto, o Assistente agora conta com um template pré-configurado de atividades de trabalho e suas devidas pausas para, por exemplo, se alongar ou tomar um copo d’água.
“Depois de você habilitar as rotinas nas configurações de seu dispositivo Android ou iOS, você pode começar algo pré-ajustado”, disse Alice Liang, gerente de produto do Google, no blog oficial da empresa. “Por exemplo, de segunda a sexta às 10h da manhã, você receberá uma mensagem do Google Assistente em sua tela ou alto-falante inteligente, dizendo ‘É hora de levantar e se alongar’. Às 14h, ele pode sugerir que você faça uma caminhada e tome um copo d’água. Finalmente, às 16h45, você será notificado de que é hora de começar a fechar o dia”, exemplificou.
Infelizmente, o Google disponibilizou a novidade apenas para usuários nos Estados Unidos, e não informou planos de globalizar a solução, então por enquanto, o uso deste recurso está impossibilitado para nós, brasileiros.
O que a empresa disponibilizou de forma global, porém, é a ampliação dos controles de luzes inteligentes – funções de ligar e desligar, diminuir ou aumentar intensidade, por exemplo – para lâmpadas inteligentes de todas as fabricantes.
Anteriormente disponível apenas para os modelos Phillips Hue, este controle direto pode ser aplicado a qualquer lâmpada, desde que seja compatível com o Google Home (as embalagens das lâmpadas ou seus manuais trazem essa informação).
Casa ou escritório?
A nova funcionalidade do Google Assistente vem ao encontro de uma tendência cada vez mais acrescida de postos de trabalho movidos do escritório para o lar dos funcionários graças à atual pandemia. Ainda que uma parcela considerável de países já tenha retomado um módico de rotina diária e flexibilizado práticas de isolamento social, a maioria das empresas – sobretudo as de tecnologia – anunciaram que manteriam os funcionários trabalhando em ambiente remoto.
Os números corroboram isso: o site alemão de estatística e pesquisa Statista mostra que, antes da Covid-19, 47% das empresas norte-americanas nunca havia trabalhado com qualquer prática remota (o popular “home office”). Após a chegada da pandemia, esse número mudou caiu para 38%. No outro lado do espectro, empresas sem uma sede física que atuam 100% em caráter remoto aumentaram de 17% para 44%.
Um dos casos mais evidentes é o do Facebook: a rede social de Mark Zuckerberg confirmou, em agosto deste ano, que manteria o regime de trabalho remoto até pelo menos julho de 2021, priorizando o isolamento para a maior parte de seus colaboradores e permitindo o acesso físico às dependências da empresa em Menlo Park, Califórnia, apenas para casos isolados ou aqueles onde o trabalho manual é uma exigência permanente.
Com isso, ferramentas de flexibilização do ambiente corporativo ganharam espaço: de janeiro até hoje, vimos uma amplitude de funcionalidades adicionadas ao Google Meets e Microsoft Teams, bem como a chegada do Zoom e de outras ferramentas de videoconferência.
Fonte: Google