A Ford está ttrabalhando em um novo projeto que idealiza a entrega de encomendas por robôs em carros autônomos. A empresa ainda não possui um roteiro exato sobre como funcionaria o serviço, mas ela quer até 2021 ter táxis que se dirigem sozinho, além disso, a Amazon está testando entregas com robôs. Por que não juntar os dois?
O robô em questão é chamado Digit, e tem pouco mais de um metro e meio de altura. Tem um par de pernas esqueléticas, dois braços terminando em nodos sem forma, e um conjunto de sensores onde deveria estar sua cabeça. Ele é uma criação um pouco esquisita da Agility Robotics, mas pode funcionar.
Um vídeo mostra o robô desdobrando-se do porta-mala de um carro e saindo do automóvel. Essa função seria essencial para que ele pegasse a encomenda e a colocasse na porta de sua casa. A Agility Robotics comenta que autônomos bipedais são melhores do que os que têm rodinhas, porque as pernas permitem a locomoção em um local contruído por humanos.
“Se você considera os seres humanos do ponto de vista do design, o que nos foi projetado é ser extremamente ágil em um ambiente extremamente desordenado”, disse o CEO da Agility Robotics, Damion Shelton, ao The Verge. Robôs de rodas têm dificuldade em navegar escadas, meio-fios e outros perigos ambientais.
Isso não significa que o Digit é completamente estável. Se ele, por acaso, cair, terá muita dificuldade para levantar sozinho. As pernas também o impedem de carregar encomendas muito pesadas. E é por isso que a Ford e a Agility Robotics imaginam que os operadores remotos supervisionariam os robôs fazendo as rondas; orientando-os para longe de possíveis pontos problemáticos.
Como o CTO da Ford, Ken Washington, disse no Medium: “Uma viagem de passeio poderia realizar a função de entrega também, deixando o pacote entre o transporte e o passageiro”.
A montadora faz um caso convincente de por que os robôs se beneficiariam de estar emparelhados com carros autônomos. O veículo fornece dois recursos cruciais: dados e energia. Digit pode se recarregar na parte de trás do carro, o que significa que não precisa ficar carregando baterias volumosas. E os sensores que fornecem ao veículo seus olhos e ouvidos (câmeras, LIDAR, etc.) podem ser usados ​​para criar mapas detalhados que guiam o Dígito ao seu destino e vice-versa.
Um relação de ajuda mútua entre robôs, assustador, mas funcional. Inclusive, a primeira vez que a união dos dois foi colocada em prática foi há duas semanas, mas os testes começarão apenas em 2020, segundo Shelton. A Agility Robotics lembrou que só tem capacidade para fabricar dois robôs por mês. Isso é apenas o suficiente para testes, não um serviço de entrega em grande escala.
Portanto, todo o plano ainda está nos estágios iniciais, porém, apenas por esse pensamento existir no papel, nós já podemos ficar ansiosos e um pouco assustados com o futuro.
Via: The Verge