Equipe de Fórmula 1 da Red Bull faz pit-stop em gravidade zero

Troca de pneus do carro foi feita em um avião de treinamento de astronautas
Vinicius Szafran21/11/2019 19h57, atualizada em 21/11/2019 20h33

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Após bater o recorde de pit-stop mais rápido da Fórmula 1 por duas vezes, a equipe da Red Bull Racing resolveu subir a barra e aumentar a dificuldade ao realizar a troca dos pneus em um ambiente com gravidade zero. Para atingir a marca, a equipe contou com a ajuda da Agência Espacial Russa, para estabelecer um novo recorde.

Os técnicos e mecânicos da Aston Martin Red Bull Racing viajaram até Moscou, para o Centro de Treinamento de Cosmonautas Gagarin, para realizar o feito. A equipe alugou uma aeronave Ilyushin II-76 MDK, da agência Roscosmos, e colocaram um de seus carros de corrida e sua equipe de 16 técnicos e dez cinegrafistas. A troca foi feita em queda livre, a nove mil metros de altura. O resultado foi divulgado em vídeo. Confira:

Voos em gravidade zero (na realidade chamada de microgravidade) são realizados em aviões parabólicos, porque ir ao espaço é algo muito caro e perigoso. Em essência, trata-se de uma simulação da ausência da gravidade, derrubando o avião em um ângulo de 45 graus. A queda dura alguns poucos segundos (neste caso, foram 22), mas em voos desse tipo o avião recupera a altura e repete a sequência de altos e baixos diversas vezes.

No entanto, flutuar montando um carro de 400 quilos exige algumas precauções e medidas de segurança. Além disso, apesar de as quedas durarem 22 segundos, a equipe teve de se limitar a apenas 15, para conseguir proteger todos os equipamentos e peças antes que a gravidade voltasse a agir.

Reprodução/Red Bull

“A falta de gravidade afeta de todas as formas possíveis. Assim que você move os braços com uma pistola de rodas na mão, acaba se empurrando para trás. Quando você se conecta ao eixo, está empurrando contra a lateral do avião. Você tenta puxar uma roda e girar. Não há nada normal!”, disse Mark Willis, mecânico que trabalhou com pilotos como Mark Webber.

O teste não está completo, no sentido de que o carro não está em movimento e há algumas verificações que não podem ser feitas. De qualquer maneira, o desafio técnico e físico para a mecânica foi grande, porque os movimentos coordenados entre os membros da equipe mudam completamente em microgravidade.

Via: Gizmodo

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital