A General Motors iniciou um recall voluntário de 68.667 unidades de seu veículo elétrico Bolt, produzidas entre 2017 e 2019, como precaução durante a investigação de cinco casos de incêndio no compartimento de bateria.

Em todos os casos as baterias estavam completamente carregadas, ou próximas disso. Três dos casos estão sendo investigados pela NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), agência do governo dos EUA responsável pela segurança no trânsito, que originalmente recebeu duas denúncias e depois encontrou um terceiro incidente.

A causa dos incêndios ainda não foi determinada, mas há similaridades entre eles além do nível de carga: todos os veículos usavam baterias produzidas por uma fábrica da LG Chem em Ochang na Coreia do Sul. Modelos 2020 não são afetados pois usam uma bateria com design diferente.

Medidas de segurança

Como precaução, os veículos cobertos pelo recall receberão uma atualização de software que limitará a capacidade da bateria em 90%. Segundo Jesse Ortega, engenheiro chefe responsável pelo Bolt EV, “acreditamos que esta ação irá reduzir o risco de incêndios na bateria enquanto trabalhamos para indentificar o problema e determinar um reparo definitivo. Esperamos que esta atualização de software esteja disponível a partir de 17 de novembro”.

Até lá, a empresa pede que os consumidores ajustem a configuração de seus veículos para limitar a carga máxima. Nos modelos 2017 e 2018, basta ativar a opção “Hilltop Reserve” nas configurações de energia. Nos modelos 2019, o nível máximo de carga deve ser definido para 90% em “Target Charge Level”.

A empresa não acredita que todos os veículos envolvidos no recall correm risco de incêndio, mas segundo Ortega “é prudente limitar o nível de carga por precaução enquanto continuamos com nossa investigação”.

“A segurança de nossos produtos é a prioridade máxima de toda a equipe da GM”, disse Ortega. “Continuaremos a cooperar com a NHTSA e estamos trabalhando incessantemente em nossa própria investigação para identificar o problema”.

 Fonte: Detroit News