Em menos de uma década, pelo menos uma cidade norte-americana estará repleta de drones transportando pessoas e pacotes. Ao menos esse é o plano da Nasa para um futuro no qual as aeronaves são realidade. O administrador da Agência Espacial Americana, Jim Bridenstine, tentou vender a ideia nesta terça-feira (29), mas sabe que não será fácil.
“Estamos evoluindo rápido”, disse Bridenstine em um discurso em Las Vegas. “Nós queremos ver pelo menos uma cidade – talvez mais de uma – tendo a habilidade de controlar centenas de sistemas aéreos não tripulados até 2028. Eles poderiam estar levando carga, ou carregando pessoas, fazendo milhares de missões a cada dia.”
Para transformar a visão em realidade, a Nasa está usando um programa de incentivo para melhorar a estabilidade da tecnologia. Bridenstine comparou a abordagem ao grande desafio de veículos robóticos do governo dos EUA em 2004, que culminou nos carros autônomos de grandes companhias. A Nasa trabalha com um modelo mais modesto de desafio para mobilidade urbana aérea para 2022, visto como peça fundamental para a construção de um grande futuro.
Drones vêm sendo usados para trabalhos como gravações de filmes, monitoramento de refinarias de petróleo, coleta de inteligência militar e operações de resgate. Mudar deste mundo para um onde drones são comuns irá exigir mudanças fundamentais não apenas na tecnologia, mas na segurança, regulamentações e aceitação social. A administração de Donald Trump quer encorajar essa mudança.
Bridenstine sabe que encontrarão muitos desafios. A infraestrutura para encontrar locais de pouso para os drones e o barulho emitido são alguns deles. Ele acredita que parte da solução envolve mudar de drones movidos à bateria para modelos movidos à gas.
“Muitos desses veículos serão híbridos ou completamente elétricos”, ele diz. “Veículos elétricos reduzirão os custos, o barulho e a emissão de gás carbônico.” O administrador frisou ainda que o progresso dos drones envolve prestígio nacional e sucesso econômico, uma visão que se alia à do presidente Donald Trump.