Harley-Davidson deve lançar sua primeira motocicleta elétrica em 2019

Redação01/02/2018 12h29, atualizada em 01/02/2018 13h01

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Uma empresa conhecida pelos seus motores a combustão ruidosos está prestes a abraçar o transporte movido a enegia elétrica. Trata-se da Harley-Davidson, que de acordo com a Bloomberg pretende lançar uma motocicleta elétrica “dentro de 18 meses” – o que significa que ela provavelmente chegará ao mercado em 2019.

A moto, que ainda não tem nome, será a primeira moto elétrica comercial produzida pela Harley. Mas não será exatamente a primeira moto elétrica que ela já fez. Em 2014, ela divulgou um protótipo chamado “Project Loudwire”, uma moto elétrica capaz de ir de 0 a 100 quilômetros por hora em cerca de 4 segundos, segundo o The Verge. Por outro lado, ela tinha uma autonomia relativamente limitada: ela conseguia rodar no máximo 88 quilômetros antes de precisar de uma recarga.

No entanto, de 2014 para cá a tecnologia disponível para produzir veículos movidos a energia elétrica melhorou consideravelmente. A Tesla, por exemplo, já lançou um caminhão movido a energia elétrica que é mais rápido e tem mais autonomia do que os caminhões movidos a combustão – além de levar menos tempo para se abastecer e ter uma série de funções de direção semiautônoma. É provável que a nova moto elétrica da Harley se aproveite dessas novidades para melhorar sua autonomia e desempenho.

Decisão difícil

Por mais interessante que a novidade seja, ela é parte de uma decisão difícil da Harley-Davidson. No mesmo evento em que anunciou sua primeira moto elétrica comercial, a empresa também disse que vai fechar uma de suas fábricas no Missouri (nos EUA), cortando 800 empregos, e pretende encolher outra de suas fábricas, na Pennsylvania, encerrando outros 260 postos de trabalho.

Isso, segundo a Bloomberg, é reflexo de um mercado estadunidense de motocicletas que vem caindo bastante. De acordo com números divulgados pela Harley, suas vendas caíram 11% no quarto trimestre de 2017, e encerraram o ano 8,5% menores do que no fim de 2016. Segundo um empresário do ramo de motocicletas ouvido pelo site, o movimento da Harley é “ótimo” e “necessário”; “quanto mais pessoas entrarem no mercado [de motos elétricas], melhor”, disse.

Há bons motivos para se pensar assim: de acordo com um estudo publicado em 2016 pela empresa de pesquisa de mercado TechNavio, a indústria de motos elétricas deve crescer 45% até 2020. Já há algumas empresas apostando nesse setor, como a Zero Motorcyles; por isso, faz todo sentido que a Harley-Davidson, que já tem uma marca consolidada, invista nele também – mesmo que ela precise sacrificar seu tradicional ronco de motor no processo.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital