Google relata as 3 surpresas mais comuns entre quem usou seu carro autônomo

Renato Santino14/03/2016 20h19, atualizada em 14/03/2016 20h40

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O estranhamento ao entrar no carro autônomo do Google é natural e até mesmo esperado. Depois de um século comandando veículos com volantes e pedais, deixar o carro guiar sozinho pode parecer um pensamento assustador. Curiosamente, no entanto, a maior parte das pessoas que tiveram a oportunidade de passear com o veículo, tiveram reações similares.

Jennifer Haroon, chefe da divisão responsável pelo veículo autônomo, falou durante sua conferência no SXSW sobre a experiência que a empresa teve ao levar o carro para novas vizinhanças no período de testes. Na ocasião, pessoas que não têm vínculo com a companhia puderam experimentar a sensação de ser guiado apenas por sistemas automatizados.

Haroon explica que foi possível perceber três reações mais comuns entre aqueles que testaram:

Eles comentam que é chato

Haroon explica que isto é bom, na verdade, e faz sentido. Locomover-se não deve ser uma aventura, e boa parte do tédio se deve ao fato de que a pessoa não está dirigindo, o que não é muito diferente de pegar um ônibus, por exemplo. A ideia é justamente que os ocupantes possam preencher seu tempo com algum tipo de entretenimento ou para realizar outra tarefa de sua preferência em vez de se estressar com o trãnsito.

Eles ficam surpreendidos com o campo de visão do carro

O carro do Google tem um baita campo de visão. Sobre o veículo ficam os sensores que ficam fazendo uma imagem em 360 graus dos arredores a todo o instante. Estes sensores são capazes de enxergar cerca de 200 metros em todas as direções, se a vista não for obstruída.

Eles começam a confiar na tecnologia assim que eles veem o que ela pode fazer

Este é um dos motivos pelo qual o Google não quer colocar volantes em seu carro autônomo, para não dar uma falsa sensação de segurança. As pessoas ficam confortáveis muito rapidamente dentro do carro, e retomar o controle em caso de emergência seria praticamente impossível. Por isso, a empresa prefere investir na redundância de sistemas (um sistema secundário para o caso de o principal falhar) e protocolos de emergência para evitar acidentes.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital