Equipe da USP usa impressão 3D para criar carro de competição

Alunos usam a tecnologia para produzir peças complexas de forma mais rápida. O carro de corrida irá competir na tradicional Fórmula SAE Brasil
Redação06/08/2019 21h48, atualizada em 07/08/2019 01h10

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A Equipe Poli Racing, criada em 2008 por estudantes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, está usando a tecnologia de impressão 3D para fabricar partes de seu carro de corrida. O objetivo é levar o veículo à Formula SAE, prova na qual alunos de engenharia idealizam, projetam, constroem e pilotam um veículo de competição. No Brasil, a primeira edição foi realizada em 2004, sendo chamada de Fórmula SAE Brasil.

Até agora, foram produzidos dois dutos para direcionar o ar na dianteira do protótipo para resfriar os discos de freio dianteiros. “A impressão 3D é vantajosa, pois alia a possibilidade de geometrias mais complexas à rapidez na fabricação”, explica Pedro Takeuti Veiga de Castro, diretor de marketing da Equipe. “Isso nos permite projetar peças mais leves e adequadas aos usos no protótipo”.

Sem a impressão 3D, os dutos teriam de ser fabricados por moldagem e passar por laminação com fibra de vidro. “Todos esses procedimentos, desde a primeira fase, que é a fabricação do molde, até a peça pronta, demorariam de uma a duas semanas. A impressão 3D das mesmas peças pode ser feita em um dia. O uso da tecnologia de impressão 3D nos permite realizar testes com as peças no carro e aprimorar o projeto até a competição”, explica Castro.

As peças serão usadas no protótipo de 2019 da equipe, o FP-11, que irá disputar a etapa da Fórmula SAE Brasil em Piracicaba, no mês de novembro. “O protótipo estará pronto para testes durante agosto. Com os testes, melhorias serão realizadas e sua versão final para a competição será mostrada ao público no lançamento do carro, previsto para o fim de outubro ou começo de novembro”, conclui Castro.

A competição

Cada edição da Fórmula SAE Brasil dura três dias, período no qual os carros passam por provas estáticas e dinâmicas, para a avaliação de desempenho na pista. Também é avaliada a apresentação técnica das equipes, que inclui projeto, custo e estratégias de marketing. Nas provas estáticas, as equipes devem demonstrar mais detalhadamente se o carro apresentado no projeto equivale ao veículo construído.

Todas as provas são pontuadas de maneiras diferentes, para garantir que o melhor conjunto de projeto e carro vença a competição. As equipes com melhor classificação ganham o direito de representar o Brasil em competições internacionais realizadas nos Estados Unidos. “Nosso objetivo neste ano é ficar entre as cinco primeiras equipes na classificação geral”, conclui Castro. A Poli Racing participou da competição pela primeira vez em 2009, quando obteve o 6º lugar.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital