Entenda como funciona o carregamento sem fio de carros elétricos

Redação20/05/2016 18h16, atualizada em 20/05/2016 19h15

20160520160835

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Atualmente, algumas empresas já produzem carros elétricos em larga escala. A Nissan e a Tesla são duas delas, embora os modelos elétricos da empresa ainda não sejam vendidos no Brasil. Na Formula E, além disso, os Safety Cars, que entram na pista em caso de acidentes, também possuem motores híbridos (que usam tanto eletricidade quanto combustíveis fósseis). Graças a uma tecnologia da Qualcomm, eles conseguem se recarregar sem a necessidade de uma conexão com fios.

A tecnologia, chamada de Qualcomm Halo Wirelesse Electric Vehicle Charging, carrega o veículo por meio de ressonância magnética. Para transferir energia, ela utiliza um tapete instalado no solo que se conecta a outro tapete instalado no veículo, carregando o motor.

Cada hora de carregamento do motor do BMW i8 utilizado permite que ele percorra um total de 37 quilômetros usando apenas o motor elétrico. Essa técnica é fruto, porém, de uma longa história de evolução da eletricidade, dos motores elétricos e do carregamento sem fio. Para contá-la, a Qualcomm criou um infográfico com os principais pontos da evolução desses métodos. Abaixo, falamos de alguns deles:

Movido a eletricidade

Embora pensemos nos carros elétricos como algo recente, o primeiro motor elétrico de corrente foi criado em 1835 nos Estados Unidos por Thomas Davenport. A invenção fez sucesso e, em 1900, cerca de 28% dos carros fabricados nos EUA eram movidos a eletricidade.

Após esse ano, no entanto, a indústria dos automóveis começou a ser dominada pelos combustíveis fósseis, e a tecnologia dos motores elétricos ficou em segundo plano. O primeiro carro híbrido completo seria construído apenas em 1972, pelo novaiorquino Victor Wouk.

Carregamento sem fio

A tecnologia de transferência de eletricidade sem fio, por sua vez, foi demonstrada pela primeira vez em 1891, pelo revolucionário pesquisador Nikola Tesla. Mas passaram-se quase cem anos até que ela fosse pela primeira vez testada em um carro elétrico: isso aconteceu em 1988, quando a Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, produziu o primeiro carro carregado dessa maneira.

Carregamento desse tipo seria incorporado a alguns ônibus de Auckland, em 1996. Em 2002, seria a vez da cidade de Turin, na Itália, integrar carregamento sem fio aos seus ônibus. Essa mesma tecnologia seria desenvolvida pela empresa HaloIPT em 2010. A empresa demonstrou nesse ano em Londres um sistema de carregamento elétrico sem fio para carros, e no ano seguinte foi comprada pela Qualcomm.

Atualmente

A Qualcomm continuou a desenvolver a tecnologia após a compra da Halo, e conseguiu dobrar a potência dos carregadores de 3,7kW para 7,4kW. É esse tipo de carregamento que move os Safety Cars da Formula E atualmente.

Os motores híbridos não ficam devendo nada aos motores de combustão em termos de potência. Os BMW i8 que são usados na Fórmula E, por exemplo, têm 362 cavalos de potência, velocidade máxima de cerca de 250 quilômetros por hora e acelera de 0 a 100km/h em 4,4 segundos.

Ele não é o único carro elétrico com um motor invejável. Em março, a empresa Genovation apresentou um Corvette modificado com motor elétrico que chegou a mais de 300 quilômetros por hora e bateu o récorde para carros desse tipo.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital