Depois dos rumores de que encerraria sua divisão de carros autônomos, o Google anunciou, nesta terça-feira, 13, que o setor vai deixar de ser parte da empresa. O projeto passará para o controle da Alphabet e se tornará independente do Google, que continuará se dedicando às suas atividades mais tradicionais de internet, incluindo o buscador, o Android e o YouTube.
Agora operando como uma empresa independente, a divisão passa a ser chamada Waymo, marca que distancia bastante a atividade do Google. A liderança ficará a cargo de John Krafcik, que já foi presidente da Hyundai da América do Norte.
“Somos uma empresa de tecnologia de auto-condução com a missão de tornar seguro e fácil para as pessoas e coisas se moverem”, explica Krafcik em uma postagem no Medium. Desde que a ideia começou a ser tirada do papel e a ser testada em 2009, a intenção do Google sempre foi eliminar a variável humana, suscetível a erros no volante por distrações, cansaço ou até mesmo por causa do álcool.
“Nosso próximo passo como Waymo será permitir que as pessoas usem nossos veículos para fazer coisas diárias como ir até o trabalho ou chegar em segurança em casa depois de uma noite de diversão”, explica o executivo.
O projeto de direção autônoma foi iniciado em 2009, e os veículos evoluíram radicalmente nesses últimos sete anos. Os testes do Google com o carro equivalem a 300 anos de direção, percorrendo uma distância total de 3,2 milhões de quilômetros, equivalente a 80 voltas pela circunferência da Terra.
O anúncio de hoje indica que o Google está se preparando para tirar a tecnologia que desenvolveu nos últimos anos da fase de testes a fim de começar a implantá-la em situações reais de uso. Agora só resta saber qual é o plano da empresa para isso: licenciar a tecnologia para outras fabricantes ou criar seu próprio carro. Ou talvez os dois?