Entre setembro de 2014 e novembro de 2015 os carros do Google apresentaram 272 falhas em testes na Califórnia. E, em pelo menos 13 desses casos, os veículos teriam colidido se não houvesse intervenção humana.

Os dados foram divulgados pela própria companhia, seguindo determinação do departamento de trânsito do Estado. Quando permitiu os testes, o governo da Califórnia avisou que o Google teria de reportar todos os casos em que os motoristas fossem obrigados a tomar o controle por razões de segurança.

Durante os meses de testes, os veículos rodaram por mais de 682 mil km sem ajuda humana, mas houve 341 situações em que o controle passou para os motoristas – ou porque o carro percebeu algum problema ou porque a pessoa entendeu que deveria assumir.

É aí que entram as 272 falhas reportadas pelo Google. Nesses casos o carro emite sinais visuais e de áudio para alertar o motorista. Em média, os funcionários levaram 0,8 segundo para tomar o controle.

No documento enviado às autoridades, o Google destacou que nos outros 69 casos os humanos assumiram por iniciativa própria, mas, conforme reporta o The Guardian, isso na verdade aconteceu “milhares” de vezes e o Google deixou isso de lado porque a legislação só obriga a empresa a reportar situações em que a ação humana fosse necessária – dentro dessas outras milhares de ocorrências, diz o Google, os softwares do veículo teriam dado conta de evitar problemas.