Uma das empresas de tecnologia que está investindo no ramo de carros autônomos é a Baidu, e ela pode acabar se tornando a principal delas. A empresa divulgou recentemente que o seu programa Apollo de desenvolvimento de carros autônomos já tem mais de 50 empresas parceiras, o que faz dele um dos maiores do ramo.
Dentre as empresas colaborando no projeto estão montadoras chinesas, como a Chery e Jac Motors, e empresas de tecnologia, como a Nvidia, Bosch, Microsoft Cloud e TomTom. Há ainda parcerias com cinco das universidades mais importantes da China e acordos com o governo do país também. Por conta desse grande número de “apoiadores” da tecnologia, o chefe de operações da Baidu, Qi Lu, disse que ela deve se tornar “o Android da indústria de direção autônoma, mas mais aberta e poderosa”, de acordo com o TechCrunch.
Segundo o site, a Baidu vem oferecendo aos desenvolvedores ferramentas como dados, APIs, códigos em open source e até mesmo hardware de referência para que eles façam carros autônomos. Não são apenas empresas chinesas que vem usando essa tecnologia. A Baidu já está testando seus carros nos EUA desde setembro do ano passado. A Ford é uma das parceiras da Baidu nesse projeto, e a empresa estadunidense AutonomouStuff também conseguiu criar dois carros autônomos usando a tecnologia da chinesa em apenas três dias.
Objetivos
A Baidu afirma que pretende continuar desenvolvendo a tecnologia para fazer carros totalmente autônomos até o fim de 2020. O primeiro objetivo da empresa é criar carros que consigam dirigir sozinhos por “ambientes urbanos simples” (cidades sem muito movimento), e ela acredita que consegue atingir essa meta até o fim de 2017.
Mas além disso, a estratégia de parcerias da Baidu pode ser mais voltada para o futuro. Sendo dona da plataforma que os carros usam, a empresa terá acesso a volumes imensos de dados. O acesso a esses dados, bem como os serviços oferecidos na plataforma, poderão ser uma renda ainda maior para a empresa do que a tecnologia dos carros – uma estratégia semelhante à que o Google usou com o Android.