3 passos para levar a TI híbrida para a era cognitiva

Redação04/05/2017 14h13, atualizada em 04/05/2017 14h25

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A expressão Big Data” já foi usada para marcar uma tendência para o futuro da TI empresarial; já hoje, ela descreve uma realidade. As empresas trabalham atualmente com um volume de dados que ninguém, 20 anos atrás, poderia imaginar.

Com um volume tão intenso de dados, as empresas têm encarado como desafio não apenas armazená-los, mas também usá-los para gerar conhecimento e inteligência de mercado, transformando isso em uma vantagem competitiva. Este é o papel da computação cognitiva, que écapaz, melhor do que qualquer ser humano, de dar sentido às informações que manipula, e permite que empresas criem sistemas que aprendem com o tempo e interagem com humanos de maneira sem precedentes.

Os benefícios da computação cognitiva podem atingir todas as pessoas, em todas as áreas de serviço. No entanto, é necessário preparo para permitir que seu negócio ou serviço colha os frutos dessa tecnologia. E, muitas vezes, a infraestrutura de TI híbrida é percebida como um desafio a mais nesse caminho, gerando a seguinte pergunta para muitos gestores: como orquestrar a minha infraestrutura e a nuvem na transição para a era cognitiva?

O processo é bem menos doloroso do que pode parecer. Seguindo esses três passos, qualquer organização pode começar a aproveitar as vantagens dessa nova era:

1 – Desenvolva soluções cognitivas

Da próxima vez que sua empresa precisar desenvolver um software, aplicativo ou solução para um problema, lembre-se das tecnologias cognitivas. É mais fácil começar a implementar esse tipo de recurso em um projeto novo do que tentar trazê-lo para processos e serviços com os quais sua empresa já lida bem. Aplicativos cognitivos são capazes de entender linguagem natural, compreender imagens e analisar dados não estruturados.

Com isso, eles podem assimilar o tom, o contexto, as informações visuais e até mesmo as emoções presentes em uma conversa. E o melhor: eles aprendem com cada interação, ficando melhores com o tempo. A montadora Hyundai, por exemplo, desenvolveu um aplicativo cognitivo para ajudar seus clientes a tirar dúvidas sobre seu carro Creta, e tanto o Bradesco quanto o Banco do Brasil têm soluções cognitivas para facilitar o atendimento a seus clientes.

A IBM disponibiliza a plataforma Bluemix de desenvolvimento de aplicativos para empresas interessadas em dar esse passo. O Bluemix é uma plataforma de computação cognitiva que usa as APIs do Watson, o computador inteligente” da IBM. É o Watson que dá aos aplicativos todas essas capacidades de compreensão e interpretação de dados.

Sem cair no clássico caso de casa de ferreiro, espeto de pau”, a própria IBM usa um aplicativo cognitivo chamado de IT Help para oferecer suporte de TI a seus funcionários. Segundo uma pesquisa divulgada pela empresa, a satisfação dos funcionários com o sistema é de 92%: valor mais alto do que qualquer pontuação que a empresa tenha atingido quando ainda usava um help desk tradicional.

2 – Traga capacidades cognitivas às soluções que você já tem

Se você já tem aplicativos e serviços sendo desenvolvidos numa esteira de DevOps, acrescentar capacidades cognitivas a eles é uma excelente maneira de começar a trazer a computação cognitiva para sua empresa. Caso você tenha uma esteira de desenvolvimento tradicional, num cenário de TI multimodal com várias esteiras paralelas, a computação cognitiva poderá ter nesses processos uma excelente porta de entrada.

Aqui, porém, alguns cuidados são necessários. Primeiramente, é necessário avaliar quais desses serviços podem se beneficiar mais de recursos cognitivos. Basicamente, todos os aplicativos podem extrair vantagens dessa tecnologia, mas é preciso colocar na balança o custo e a quantidade de dados usada em cada processo para decidir com mais assertividade onde investir.

Outro fator a se levar em consideração é se a carga cognitiva pode ser gerenciada on-premises (com a sua própria infraestrutura de TI) ou se ela deve ser levada para a nuvem. Embora um aplicativo cognitivo consiga orquestrar dados de origens diferentes, é preciso avaliar com cuidado como distribuir essas cargas da maneira mais eficiente.

Há diversos fatores a serem avaliados nessa decisão, e cada empresa terá que decidir por si de acordo com as suas demandas e prioridades, mas a IBM possui uma solução chamada Cloud Compare que permite comparar os serviços de diferentes provedores. Ela consegue, com base em informações sobre suas necessidades e expectativas com relação à tecnologia, propor um prestador de serviço que se adeque às suas necessidades tão bem quanto possível.

3 – Colaborar para criar sistemas cognitivos

Criar uma solução cognitivaé apenas o primeiro passo: uma transformação ainda mais profunda e disruptiva acontece quando diferentes soluções cognitivas começam a interagir, multiplicando os insights que cada uma delas gera. Nessa situação, gera-se um verdadeiro concerto de dados que cria um sistema cognitivo.

Aqui, pode-se pensar em unir sistemas de áreas diferentes da empresa para entender melhor quais são os gargalos que sua organização enfrenta, com base nos dados gerados pelas pessoas que nela atuam. E pode-se pensar também na conexão com outras organizações do mesmo ramo, para levar todo setor ao próximo nível de desenvolvimento.

A IBM, por exemplo, fez parceria com os laboratórios Fleury para melhorar a precisão de diagnósticos de exames médicos em algumas áreas. Trata-se de um setor interessante: enquanto um médico é capaz de ler alguns artigos por dia para basear suas decisões, o supercomputador Watson pode ler e entender mais de 300 artigos no mesmo prazo. Essa capacidade pode não apenas empoderar milhares de profissionais no mundo todo, como também salvar milhares de vidas.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital