Entender o conceito de Software Defined Storage (SDS) requer um rápido olhar para a evolução do hardware nos últimos anos. E, no final desse artigo veremos que, mais uma vez, precisamos voltar o olhar para as máquinas. Antes, é preciso saber que a chegada da tecnologia NAND Flash (os nossos populares SSDs) ao ambiente dos storages foi decisiva. Ela não apenas permitiu a criação de sistemas de storage mais rápidos, mas também promoveu uma aproximação maior entre servidores, dispositivos de rede e storages, com arquiteturas mais ágeis e flexíveis. No final das contas, a soma de todos esses fatores culminou com a criação de sistemas de armazenamento realmente definidos pelo software.

Traduzindo para o dia a dia, no ambiente de datacenters de alguns anos atrás, as máquinas precisavam ser muito mais especializadas. Ou seja, cada tipo de hardware atendia tipos específicos de software. Isso valia tanto para o sistema de storage, quanto para os servidores ou para os dispositivos de rede. Com o ganho de velocidade e agilidade que a tecnologia NAND flash trouxe para todo o ecossistema, as máquinas, aos poucos, tornaram-se mais “genéricas” e foi possível criar interfaces capazes de controlar todos os elementos a partir de apenas um ponto.

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As vantagens são evidentes. A partir de um painel único de controle, capaz de reunir todos os elementos, os times de tecnologia ganharam agilidade e mais confiabilidade nas novas implantações. Além disso, ficou muito mais fácil integrar infraestrutura antiga com equipamentos novos.

Finalmente, a partir do novo conceito, unir sistemas de nuvem privada e nuvem pública tornou-se um processo quase instantâneo e natural. Ou seja, os sistemas SDS trazem a promessa de facilidade na operação, a elasticidade (é muito fácil integrar novos equipamentos), a segurança e, é claro, a redução de custos.

Olhar mais atento
Num olhar menos atento, muitos podem entender que, já que estamos sob a “ditadura” do software, o hardware e as ferramentas do mundo físico  podem ser relegadas a um segundo plano. Afinal, como a camada de software é a responsável pela acomodação das demandas – ao ponto de fazer ficarem cada vez mais integrados servidores, storages e dispositivos de rede – a tentação de dar menor importância ao hardware é grande.

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Porém, ainda que o hardware seja entendido como “commodity” a partir do conceito de SDS, é preciso reafirmar que existe um grande salto de performance quando soluções de gerenciamento poderosas se unem a equipamentos de primeira linha. Ao final, para garantir toda a eficiência aos sistemas SDS, não podemos encarar o hardware como “simples” commodity. Todos os melhores resultados estão sendo obtidos pela combinação de recursos poderosos de software, sem que se abra mão de máquinas de alta qualidade, ainda que elas não mais precisem ser desenhadas para atender aplicações específicas.

Hoje em dia, expandir ou modernizar a capacidade de storage é essencial para atender as demandas de Big Data e Analytics que estão cada vez mais presentes no dia a dia das empresas – e são cada vez mais decisivas para o sucesso das linhas de negócio.

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